7 Maio 2024, Terça-feira
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Uma pesada herança

Tanto a nível nacional como internacional, 2023, deixou-nos uma pesada herança.
Cá pelo burgo, veja-se o martírio de tanta gente que espera horas e horas nos serviços de urgência e nos corredores de hospitais, porque médicos e enfermeiros, não chegam para tanta aflição e desespero. É o resultado do definhamento do Serviço Nacional de Saúde.
Milhares de estudantes e respetivas famílias, preocupados com falta de professores e os que chegam à Universidade, aflitos por um quarto que tal como as rendas de casa em geral, são acessíveis apenas a uma ínfima minoria. E, tal como a palavra de ordem em tantas manifestações; “o custo de vida aumenta, o povo não aguenta!”
Enfim, são apenas alguns exemplos do imenso rol que o Governo/PS nos deixou como herança, apesar da maioria absoluta, mas que António Costa devido aos imbróglios do caso Influencer, abandonou, e agora quer-nos fazer crer que estava tudo carrilando normalmente.
Claro que a nível internacional, a situação é muito pior e potencialmente perigosa. O massacre de Gaza e Cisjordânia pode alastrar e levar a guerra a todo o Médio Oriente. São as incursões de Israel no Líbano para eliminar figuras destacadas do Hezbolllah, o atentado no Irão que matou quase 100 pessoas reivindicado pelo ISIS, mas com o mais destacado líder iraniano a apontar o dedo a Israel e aos EUA, são as ações contra a navegação no Mar Vermelho em solidariedade com a Palestina.
O pretexto para o genocídio ainda em curso, foi o atentado do Hamas de 7 de Outubro passado, contra civis israelitas. Hamas, cuja criação é consequência de décadas de prepotência e humilhação ao povo palestiniano e de desrespeito total de Israel, para com as diversas resoluções das Nações Unidas a condenar tais atos e com vista à criação de dois Estados soberanos.
Na Ucrânia, a guerra continua também sem fim à vista. Diabolizam Putin e consideram Zelensky um democrata. O homem que ilegalizou todos os partidos (11) que não lhe agradavam, que promove nazis, que afogou num banho de sangue as pretensões de autonomia da população russófona do Donbass. Uma das origens da intervenção russa e da intensificação da guerra. Outra, foi a promessa (de Bush a Gorbachov) de que a NATO não avançaria um milímetro para leste.
Agora, colocam o assunto ao contrário, alegando pretensões expansionistas de Putin. Apelam à corrida aos armamentos, como ainda há dias Donald Musk o fez, dirigindo-se à UE, quando o que deveria acontecer era relações de cooperação e de paz.
O maestro de ambos os conflitos, com a UE atrelada, é o mesmo. Mas já teve melhores dias. Aliás, é da história: os impérios, depois da ascensão e do apogeu, têm a inevitável queda. Para bem da paz mundial, o norte-americano, não fugirá à regra. A criação dos BRICS, é indício disso.
Por cá, o resultado das próximas eleições poderá clarificar a situação, se o eleitorado não for no canto de sereia da direita e da extrema-direita, e ampliar significativamente, a força mais decisiva e consequente, a CDU.

Francisco Ramalho
Professor, Corroios
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