3 Maio 2024, Sexta-feira
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Um Ano Novo com a esperança renovada

O PS terminou o ano com o início de uma nova liderança, como todos sabemos. Honrámos novamente a nossa tradição de conseguir a união pelo diálogo com militantes, simpatizantes e com a sociedade civil.
É do senso comum associarmos ao fim de ano uma noção de balanço e de resoluções. Quem nunca pensou algo como: “Este ano tenho de levar uma vida mais saudável” ou “Este ano tenho de arranjar mais tempo para mim e para os meus filhos”? Cada um terá, claro, os seus próprios “tenho de”. A resolução do Partido Socialista, por estes dias reunido em Congresso, em Lisboa, continua igual: lutar por um Portugal mais justo, melhor e mais solidário.
Na última legislatura, o Partido Socialista foi o referencial do equilíbrio perante a radicalização quer da austeridade quer do seu contrário e foi com esse capital inegável que se apresentou. O tempo, agora, é de valorizar as conquistas alcançadas por todos, expandindo horizontes.
Na oposição, reina o desnorte ideológico e o ataque mediático, cada vez mais sem limites. De um casinho se faz um caso e de um pormenor uma questão. “Tudo vale a pena, se a mediatização não for pequena” será, porventura, um slogan que lhes assentará à medida. Mais do que construir uma alternativa credível e verdadeiramente democrática, o PSD dedica-se a esmiuçar questões vazias, característico de quem luta apenas pelo poder e pelos resultados eleitorais. A crítica construtiva deixou de existir preferindo o bloqueamento do sistema partidário, é lamentável.
É, neste momento, uma alternativa sem alma, mesmo que pequena.
Há até a tentativa de radicalizar situações mediáticas, desvalorizando o facto de muitos dos desafios que Portugal enfrenta, até a nível da saúde, serem globais ou pelo menos comuns a tantos outros países.
Um desses desafios é a luta contra o populismo. A história está repleta de casos em que à ascensão política pelo populismo correspondeu uma impreparação para governar. Essa impreparação acabou depois por se revelar pouco saudável para a democracia e para os povos. O populista aposta no carisma e tenta criar uma base de apoio “diagnosticando” diversos problemas e injustiças numa determinada sociedade, para se apresentar como a solução maravilha que resolverá tudo com um estalar de dedos. Subjacente a tudo o que faz, há sempre um marketing. Não é necessário dizer aqui qual o melhor exemplo deste fenómeno em Portugal.
É vital evitar que a vida democrática se torne tendencialmente virtual. O Partido Socialista continua a privilegiar as relações interpessoais e as práticas coletivas como fundamento do diálogo com a sociedade.
Miguel Torga definia-se a si mesmo frequentemente como uma “criatura de esperança”. É com essa mesma esperança que, em 2024, partimos para o nosso XXIV Congresso (a coincidência numérica é feliz). Apresentamo-nos, unidos na diversidade, com o capital de sabermos quem somos, onde estamos e onde queremos chegar, sempre ao lado dos portugueses. Poderá a oposição afirmar o mesmo?

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