Tinha razões a defunta Rainha de Inglaterra para usar esta expressão perante os graves problemas que se passavam na família real: o príncipe real tinha uma amante e a princesa Diana, linda e ativa na defesa de assuntos sociais, andava com um amante. Para a rainha nada havia de pior!
Mas eu não posso deixar de usar – e sentir! – a mesma expressão ao olhar à minha volta: (I) a agressão da Rússia do Sr. Putin à Ucrânia vai a caminho dos dois anos, está num verdadeiro “impasse” pois os ucranianos avançam a metro e com vítimas numerosas enquanto os russos lançam drones cada vez em maior número e sobre o que calhar – alvo militar (o que é raro), zonas civis, onde não escapam hotéis, teatros ou mesmo escolas, provocando sempre um número razoável de mortes de civis, nem as crianças escapam.
(2) Continuando, a ver que nada de concreto e útil se faz para encaminhar os milhares que arriscam a vida (e morrem mesmo às centenas!) fugindo da morte, da seca, e das guerras, procurando um teto num lugar onde se possa viver – mas diante dos quais se levantam muros, barreiras altas, rolos de arame farpado e polícias com cães “assanhados”.
Ninguém os quer, uns devolvem-nos à procedência, outros acumulam-nos em campos sem condições dignas de seres humanos – ainda por cima, sofredores!
(3) Assistimos a múltiplas reuniões de governantes com agendas bem preenchidas (várias simultaneamente), mas todas de gente importante na governação dos problemas que afetam os nossos destinos – das quais não saem resoluções fortes e sérias para melhorar este mundo em que vivemos.
(4) São quase diários os atentados por esse mundo fora, de intolerância religiosa, de incompatibilidades entre etnias, pela posse de zonas com riquezas essenciais ás modernas tecnologias.
(5) Penas de morte sem qualquer sentido, baseadas em tradições milenares, como mulheres mostrarem mais uns centímetros da cara (até a Prémio Nobel da paz deste ano está com uma pena de trinta anos por lutar contra estes costumes).
(6) Jovens mais esclarecidos tomam atitudes provocatórias, como acorrentarem-se aos portões duma refinaria, duma reunião de ministros, ou perturbando o trânsito sentados na rua ou mesmo numa estrada, para chamar a atenção para o descalabro climático que ameaça o nosso planeta pelo excesso de poluição que altera a harmonia fixada há milénios (por um Criador ou um Deus) para que a natureza se desenvolva em harmonia (a natureza e nós, seres humanos!).
(7) E por cima disto tudo o grupo terrorista Hamas ataca Israel duma maneira nunca vista, com foguetões ou similares aos milhares, sobre várias cidades de Israel e – em simultâneo – centenas (ou milhares?) de combatentes entram por Israel dentro matando e raptando às centenas, ocupando colonatos (que em boa verdade estavam construídos em território palestiniano), espalhando o terror em Israel que sempre se considerou ter (e tem!) um exercito fortíssimo, bem treinado e armado com o que de mais moderno se fabrica – e aí começa mais uma guerra que ainda se não sabe como vai evoluir e quem está por detrás do Hamas. Tudo leva a crer que será o Irão, uma verdadeira potência tecnológica e até atómica. Se pensarmos no descalabro e desorganização do nosso país, com greves e protestos das profissões essenciais, como a saúde, o ensino, os tribunais, etc. Temos ou não razões, mais que suficiente para classificar este ano de “horribilis” com muito mais razões do que as que tinha a falecida Rainha Isabel II?
