Hoje vou lembrar-me de alguns dos muitos e antigos comerciantes de Setúbal, quase todos já falecidos.
Hóquei patins no Clube Naval Setubalense, os seguintes jogadores: Diogo Ramos da Sapataria Cristal, Joaquim Elias e irmão, José Farinha e sobrinho, Rui Pires – Oculista, Viriato Medinas, pastelaria e Honorato Coelho, etc.
Vela: Diamantino Maldonado, Mercearia Lança, loja das fazendas, Carlos Machado, Armazém de Papéis e foi o maestro da celebre orquestra “Os Pinguins de Setúbal” de que fiz parte.
Natação: Marques da Conceição e Rui Martins das mercearias Finas (hoje seria uma loja de mercearia gourmet), Rogério Miguens Gonçalves, Estação de Serviços Vitória, Rogério da Casa das Manteigas, Ricardo José Pereira Chora, foi director do Clube Naval Setubalense e o filho Rogério Chora, o grande pintor de Setúbal, Alfredo Pacheco, alfaiate, lembro-me dos festivais de natação na doca do Naval, que no final das provas, o Alfredo Pacheco tinha a proeza de fazer uma prova de 50 metros de pés e mãos atadas, era um espectáculo a assistir a esta exibição inédita do Pacheco alfaiate, Manuel Custódio Pereira, barbearia, na rua dos Ourives e todas as manhãs às 7h00, nas escadas na doca do Naval, a ensinar pessoas a nadar, o Braz Mansinho, grande nadador de fundo do Naval, uma das suas proezas, realizou a nado Setúbal a Sesimbra, eu acompanhei de embarcação com três ilustres setubalenses, o maestro da música, José Rodrigues dos Santos “Azoia”, o Laureano Rocha artista de teatro e da letra do Rio Azul e o César da Farmácia Normal do Sul, todos já falecidos.
Futebol – João dos Santos, papelaria na rua dos Sapateiros, foi um grande jogador do Vitória e olímpico, Batista, papelaria na Rua Antão Girão e guarda redes do Vitória, Jaime Albuquerque, Casa das Louças, no Rosa, Rendas Loja de Fazendas e funcionário dos CTT.
Ténis de campo: Francisco Biscaia da Silva, fábrica de conservas Lindo da Silva, foi fundador do Clube de Ténis de Setúbal, Rendas, Lança Silvério Guedes Januário Dias, Jaime Diogo Viegas Pinto da Farmácia Oliveira.
Atletismo: Josué Monteiro, ourivesaria Pedroso e director do Vitória Clube Setubalense e o grande obreiro da sala de troféus do Vitória de Josué Monteiro, que era o orgulho dos vitorianos e não vitorianos que quando vinham a Setúbal faziam questão de ir visitar esta nobre sala de troféus; e, o que é feito desta célebre sala de troféus de Josué Monteiro?.
Pesca: João Envia da Papelaria Rubi e presidente e impulsionador do Clube de Pesca do Vitória.
Sem desporto, mas, com muita arte e ofício: Manuel Palmela da Salsicharia Palmela, na rua Antão Girão, o Palmela, grande artista, com os trabalhos que fazia com a banha, uma maravilha e um encanto, que depois colocava em exposição na sua montra. Dulcídio de Almeida, da Legumeira, Carlos Pita Oculista, directores do Vitória, Luís Correia dos Santos, António Carrega, Francisco Correia dos Santos, José Machado de Carvalho. Armazém Gomes Martins, mercearia do Ruas, o melhor bacalhau de Setúbal, as adegas do José Bento e Miguel Torres, do bom vinho e belíssimos petiscos, Joaquim Maria Afonso, António do Moscatel de Setúbal, Baptista Carnot da Pastelaria Bocageana, Ilídio Silva, Apolinário Luzio, César Fernandes da Farmácia Normal do Sul, José Pereira, João Albinho Coelho, José Rui da fábrica de conservas de peixe, de frutas e bolos e também foi director do Vitória.
No Teatro: Henrique Rosa, vidraceiro, na rua dos Ourives, Henrique A. Rocha, Casa dos Cafés Sopeirinha, rua dos Sapateiros e ciclista, ambos das revistas da Capricho Setubalense.
Ainda bem que um grupo de comerciantes, deseja dinamizar a baixa comercial, bem como a zona ribeirinha e é uma feliz iniciativa para bem do desenvolvimento da minha, nossa cidade do Rio Azul, com uma das mais belas Baias do Mundo.
E, assim termino a recordar-me de alguns dos muitos antigos comerciantes de Setúbal.
(E, continua num próximo artigo).
Viva Setúbal
