1 Maio 2024, Quarta-feira
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PENSAR SETÚBAL: Vitória Futebol Clube: A Supertaça Ibérica

Recentemente, num dos meus passeios, fui à cidade espanhola de Ayamonte. Logo me dirigi ao Estádio Blas Infante, recordando um dos pontos mais altos e um dos troféus mais importantes e emblemáticos da centenária história do Vitória Futebol Clube: A Supertaça Ibérica.

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Este ano perfazem quinze anos sobre a sua conquista.

Na ocasião, fui de propósito de Setúbal a Ayamonte para assistir ao desafio.

Ayamonte e o estádio estavam repletos de vitorianos que agitavam as bandeiras e os cachecóis.

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A final da Supertaça Ibérica ocorreu no dia 28 de Julho de 2005.

Frente a frente estavam o vencedor da Taça de Portugal desse ano de 2005, o nosso Vitória Futebol Clube que tinha vencido anteriormente o Benfica por 2-1, no Estádio do Jamor, com golos de Manuel José e de Meyong.

Em representação do país vizinho, estava o vencedor da Taça de Espanha (Taça do Rei), o todo-poderoso Real Bétis de Sevilha, onde pontificavam algumas vedetas, nomeadamente Denilson, da selecção brasileira.

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Como referi atrás, o desafio foi presenciado por centenas de adeptos vitorianos que não deixaram de acompanhar a nossa equipa ao país vizinho.

O treinador era Luís Norton de Matos.

A equipa do Vitória era a seguinte: Moretto, Janício, Auri, Nandinho, Bruno Ribeiro, Veríssimo, Ricardo Chaves, Dembelé, Sougou, Lacombe, Heitor.

O Vitória adiantou-se no marcador aos nove minutos. Na marcação de um canto e após um primeiro cabeceamento do central brasileiro Auri à trave, Ricardo Chaves, na recarga, colocou o Vitória em vantagem.

Sempre mais fortes que o adversário, que raramente chegou com perigo à baliza do Vitória, os detentores da Taça de Portugal, voltaram a comemorar outro golo. Nandinho, com um “tiro” a 35 metros da baliza, aumentou a vantagem da equipa vitoriana, para 2-0, aos 27 minutos, num livre indirecto, após um toque na bola de Bruno Ribeiro que também já foi treinador do Vitória.

Na segunda metade do desafio, o Bétis reduziu a desvantagem por intermédio de Juanito.

Principalmente nos últimos quinze minutos finais, o Bétis carregou no acelerador sobre o Vitória, com jogadas rápidas e envolventes.

Era uma excelente equipa, com futebolistas categorizados.

Contudo, o Vitória soube-se defender muito bem, sempre fora da zona perigosa.

No final da partida os adeptos sadinos aplaudiram o triunfo da equipa com os jogadores no relvado a partilhar o primeiro momento festivo da época e erguendo a Supertaça Ibérica.

Poucos se terão apercebido, na altura, da enorme importância e significado simbólico dessa conquista.

Ainda hoje me fazem perguntas sobre este troféu, ficando surpreendidos quando saliento a sua importância.

Na caderneta de cromos evocativa dos 100 anos do Vitória, na parte relacionada com as taças ganhas, não constava a Supertaça Ibérica.

Mesmo pessoas com responsabilidades no Vitória, não sabem a importância da Supertaça Ibérica.

Contudo, algo já foi feito uma vez que a referida taça já está finalmente em lugar de destaque na sala de imprensa, em conjunto com todas as restantes mais relevantes e com todas as informações mais importantes colocadas numa moldura adjacente às mesmas.

Urge enquadrar a sala de imprensa com a futura Sala de Troféus Josué Monteiro, algo que já se torna necessário e imperioso.

Lá iremos numa outra crónica posterior.

E, portanto, é bom que se clarifique aqui um ponto muito importante: A Supertaça Ibérica constitui um dos mais importantes troféus de dimensão internacional que o Vitória Futebol Clube conquistou na sua centenária história.

Temos também troféus ganhos também em competições particulares, tais como dois Troféus Ibéricos (1968, 1974). Troféu Teresa Herrera (1968), Mini-Copa do Mundo (1970), Troféu Villa do Gijon (1966), Taças Ribeiro dos Reis (5 vezes) e Prémio “Fair-Play Colectivo” da Liga PFP (3 Vezes consecutivas).

Mais importante que tudo, em competições oficiais, o Vitória Futebol Clube conquistou:

– Vice-campeão nacional (1972)

– Três Taças de Portugal (1965, 1967 e 2005);

– Uma Taça da Liga (2008).

Nesta altura que andamos todos de orelha murcha, convém recordarmos essa ocorrência para nos refrescar o espírito.

Não esquecer o Campeonato Nacional de Futebol Feminino, vencido com muito mérito pelas nossas atletas.

Para que conste.

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