Celebramos este ano 49 anos do 25 de Abril de 1974, dia maior que habita a memória colectiva de todo um Povo, mesmo – ou principalmente – daqueles que, como eu, vieram após o seu ocaso.
Celebrar Abril é celebrar o poder e a responsabilidade maior que Abril nos deu: a Liberdade! Liberdade de Estar, Liberdade de Fazer, Liberdade de Dizer, Liberdade de Ser.
No contexto social e político que vivemos, não raras vezes é sob o manto da Liberdade que se cometem as maiores atrocidades contra a mesma: quando se usa a direito da palavra para a mentira, o embuste, o logro e a dissimulação, desrespeitamos o que é sermos livres.
Cabe a cada um de nós o dever de honrar a liberdade, o dever de cumprir Abril, sem restrições ou imposições, mas com espírito crítico – para garantir que as portas que Abril abriu não se cerrem jamais.
Como disse o poeta Manuel Alegre, “Mesmo na noite mais triste Em tempo de servidão Há sempre alguém que resiste Há sempre alguém que diz não.”