3 Junho 2023, Sábado
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O Natal é das crianças

“O Natal é das crianças” é uma frase muito ouvida nesta época do ano, entre conversas amigáveis, sendo esta uma altura onde nos focamos nos mais pequenos.

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Não podemos deixar de refletir, sobre as crianças que não têm o privilégio de passar a ceia de Natal com as suas famílias.

Segundo o relatório CASA (Caracterização Anual da Situação de Acolhimento das crianças e jovens) — elaborado pela Segurança Social — no dia 1 de novembro de 2020, encontravam-se em acolhimento residencial e familiar, 6706 crianças e jovens distribuídos pelas diferentes respostas sociais, procurando estas garantir os cuidados adequados às suas necessidades, bem-estar e desenvolvimento integral.

Através deste mesmo relatório, analisando os dados sobre a escolaridade, conseguimos verificar que as crianças e jovens que cessaram o acolhimento, apresentam níveis de escolaridade abaixo do que seria expectável para a sua faixa etária. Regista-se um desfasamento entre os ciclos de ensino, a idade correspondente e o número de crianças e jovens que saíram do acolhimento por nível de ensino.

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Infelizmente, crescer em situação de acolhimento traduz-se em desigualdades sociais, que não se circunscrevem apenas à infância, mas que se perpetuam pela vida daqueles que não têm o privilégio de uma infância feliz e provida de tudo que lhe é necessário. Não existem muitos estudos em Portugal sobre o futuro dos jovens após a cessação de situação de acolhimento, mas as suas oportunidades não são iguais, é óbvio!

Precisamos de mais estudos sobre quantos jovens após a cessação de situação de acolhimento, conseguem tirar uma licenciatura, quantos se encontram no sistema prisional e reinserção social, nomeando alguns exemplos.

Porquê? Porque necessitamos de agir e integrar. Porque precisamos de lutar, coletivamente, pelo futuro destes jovens! Porque é urgente uma sociedade mais justa e igualitária.

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Precisamos de uma agenda para uma infância digna, para possamos assegurar que todas as crianças usufruem de uma infância com equidade de oportunidade.

Precisamos de promover um debate sério e com factos sobre a criação da figura Provedor da Criança.

Porque é um dever de todos, principalmente, dos decisores políticos, garantir que o berço em que nascemos não tem um marco definitivo no nosso futuro.

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