28 Março 2024, Quinta-feira
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Distrito de Setúbal nos paliativos!

A saúde em Portugal enfrentou e enfrenta dias negros da sua história. A falta de médicos no Serviço Nacional de Saúde (SNS), leva ao encerramento das urgências dos principais centros hospitalares ou à sua sobrelotação, aumento da mortalidade materna e picos de mortalidade inexplicados, cirurgias (algumas com mais de 800 dias de espera), consultas e meios complementares de diagnóstico com listas de espera que não cumprem os tempos máximos de resposta garantidos (TMRG), mais de um milhão e trezentos mil portugueses sem médico de família, milhares de declarações de escusa de responsabilidade de médicos, enfermeiros, farmacêuticos e até assistentes operacionais, a inoperacionalidade dos meios de emergência médica, entre outros.

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Infelizmente, o Distrito de Setúbal não é exceção e somam-se os casos de caos nos principais hospitais públicos do distrito.

Com a equipa de Medicina Interna incompleta, o Hospital Garcia de Orta deu ordens ao CODU (Centro de Orientação de Doentes Urgentes) para não enviar doentes para as urgências. A dificuldade em preencher as escalas tem-se sentido sobretudo na ginecologia e obstetrícia. O serviço voltará a fechar às 20:00 desta sexta-feira, um encerramento que se deverá prolongar durante todo o fim de semana alargado.

No Hospital de São Bernardo em Setúbal, foi a pediatria que encerrou na passada terça-feira dia 6, previsivelmente durante uma semana. O motivo? O mesmo de sempre … falta de médicos para assegurar as escalas de urgência.

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Ontem, soubemos também da morte de um setubalense de 64 anos, para quem na segunda-feira foi pedida assistência médica, através da linha de emergência 112. Mas o socorro demorou a chegar cerca de duas horas. Quando a equipa do INEM chegou ao local, na freguesia de São Sebastião, já nada havia a fazer.

Estes três casos juntam-se a muitos outros ocorridos durante todo o ano de 2022. Primeiro, era o calor, agora é o frio … a tutela teima em não assumir que o problema está na falta de médicos, que fruto das más condições salariais e de trabalho, não permanecem no SNS.

Somam-se as promessas de melhores condições para médicos e outros profissionais de saúde, mas essas promessas não saem do papel, ou não trazem qualquer melhoria das condições de trabalho, e os profissionais acabam por “fugir” cansados do sistema.

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O SNS em Portugal, está ligado às máquinas. O Distrito de Setúbal sofre a cada dia com a sua degradação. Os nossos utentes não sabem onde recorrer se necessitarem de socorro. A saúde dos portugueses e concretamente dos setubalenses está nos cuidados paliativos a aguardar, infelizmente, um desfecho que nos parece previsível: a morte!

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Bruno Nunes
Deputado do Chega
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