26 Abril 2024, Sexta-feira
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A Europa de marcha atrás

A extrema-direita, mesmo o neo-fascismo, emergem por toda a Europa, chegando ao poder em países tão importantes como a Itália ou a Polónia.

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Mas também em França a senhora Le Pen, canta de galo, aqui ao lado na Espanha, o Vox, também engorda. Na Suécia, e no Leste, para além da já referida Polónia, temos a Hungria de Orban e, igualmente bem representada, a extrema-direita, nos países bálticos e em quase todos os outros.

Ente nós, o senhor André vibra com estes êxitos dos partidos irmãos do seu, como agora em Itália com a coligação liderada pelo partido “Irmãos de Itália” da senhora Geórgia Meloni.

A desilusão com as políticas dos governos ditos socialistas, social-democratas, democratas cristãos e liberais, e a falsa alternativa entre eles, a demagogia e o populismo da extrema-direita e do neo-fascismo, conduz à ascensão destes últimos.

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Além disso, a Europa, os seus povos, além da subordinação dos governos referidos ao grande capital, acresce a submissão à estratégia de tentativa de domínio global dos EUA e da NATO. Submissão essa, bem patente agora no caso da guerra na Ucrânia.

Apesar do governo de Zelensky, incorporar nas Forças Armadas, na Polícia e até no próprio Governo, elementos assumidamente nazi-fascistas, tem todo o apoio dos EUA, da NATO e da UE. O que é um péssimo exemplo para os desiludidos eleitores, e uma desgraça para a Europa.

A guerra fomentada na Ucrânia, o avanço da NATO para junto das fronteiras da Rússia e as provocações à China, fazem parte da referida estratégia de tentativa de domínio global dos EUA.

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Quem paga, e com língua de palmo, como se constata e a tendência é para agravar, são os povos europeus. E não só, claro!

Depois, não olham a meios para atingirem os fins e fazem tábua-rasa do Direito Internacional como aconteceu fez agora 77 anos, com o bombardeamento atómico escusado porque a guerra tinha fim à vista, das cidades de Hiroxima e Nagasáqui. E depois, violando também a Carta das Nações Unidas, nomeadamente, com a guerra contra a Jugoslávia e contra o Iraque.

E agora, quem ganha com o grande golpe terrorista, com a sabotagem, dos gasodutos Nord Stream 1 e 2?

Além do prejuízo para a Rússia, para grande parte da Europa e não só porque se refletirá em geral no preço do gás, este atentado terrorista, este desastre ambiental provocado, representa também mais um enorme rombo no já tão degradado meio-ambiente. Um duplo crime que quase de certeza, como os outros referidos, ficará impune.

Portanto, a Europa, este berço da civilização, deve ser um espaço de liberdade e democracia e tem de libertar-se das amarras que a tolhem. Como sempre, a luta dos seus povos, é decisiva.

Felizmente, em sentido contrário, deixando cada vez mais pequeno o quintal das traseiras do seu vizinho imperialista do Norte, têm ido alguns países da América Latina. Quando alinhavo este texto, ainda não são conhecidos os resultados no Brasil. Para bem do seu povo, da América Latina e do Mundo, esperemos que também no bom sentido.

Francisco Ramalho
Professor, Corroios
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