25 Abril 2024, Quinta-feira
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O Orçamento e o PCP

O tema do programa Antena Aberta da Antena1 no passado dia 20, foi o assunto do momento: o Orçamento do Estado para o próximo ano. Antes, a jornalista da casa, Natália Carvalho, entrevistou o líder do grupo parlamentar do PCP, João Oliveira.

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Tratou-se de uma muito esclarecedora entrevista. Ficaram claríssimas duas coisas: a premente necessidade das propostas do PCP para os trabalhadores no ativo e reformados, para reforçar o Serviço Nacional de Saúde, para relançar a economia nacional pós pandemia, e que existem meios para tal.

Para bem do povo e do país, ainda outra coisa ficou bem patente: a necessidade da comunicação social (CS) dar a voz que os comunistas merecem, para que se conheça o seu trabalho nas autarquias, nos sindicatos, nas coletividades de cultura e recreio, nas comissões de utentes e em tantos outros locais onde estão sempre na linha da frente.

Sabemos bem porque não o fazem. Não é esse o interesse dos donos e de quem controla a grande maioria da CS.

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Dito isto, não é menosprezar o papel dos outros partidos com quem o Governo/PS tem negociado o OE. Mas, fruto da sua ímpar implantação no mundo do trabalho e noutros setores, alguns acima referidos, não é por acaso o destaque que é dado ao PCP nesta matéria. E outro destaque teria, se a essa implantação correspondesse adequada representação na AR, no Parlamento Europeu e nas autarquias.

Em abono desta tese, da influência da CS na opinião pública, se os partidos do denominado arco do poder, nomeadamente os dois maiores, PS e PSD, não contassem com ela, apesar das políticas dos seus governos responsáveis pelos males que afetam os trabalhadores e o povo em geral, na Saúde, no Ensino, nos baixos salários e pensões de reforma, na precariedade laboral, no desemprego,  na dócil subordinação aos ditames da União Europeia que implicam restrições à produção nacional, na cultura, no laxismo que permite a corrupção e evasão fiscal, enfim,na gestão de tantos outros  setores da vida nacional, teriam os resultados eleitorais que têm?

Portanto, o OE, este ou qualquer outro enquanto se mantiver o atual quadro político, nunca será o que o povo necessita e o que o país precisa para ser bem mais desenvolvido e justo.

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Por isso, é essencial que a esquerda, à esquerda do PS, nomeadamente o PCP, tenham mais força.

A discussão do OE é, por excelência, a prova disso.

António Costa, diz que a razoabilidade é essencial para se conseguir um bom orçamento.  E que este, é o possível.

Em parte tem razão. Mas, mesmo neste quadro e já tendo feito algumas alterações positivas nalguns setores por pressão dos negociadores, estes, têm demonstrado que pode e deve ser bastante mais possível e melhor. E seria ainda mais, se o seu partido mais os outros dois da tróica do arco (do poder), não tivessem alienado, privatizado, a banca, os seguros, os combustíveis, as telecomunicações e outros setores vitais da economia.

Como sempre, está nas mãos do povo reverter tal situação, para termos Orçamentos do Estado bem melhores.

Francisco Ramalho
Professor, Corroios
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