3 Maio 2024, Sexta-feira
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Quando o racismo surge de onde menos esperamos

Na semana passada assistimos a mais um episódio que demonstra que o racismo ainda não está por completo erradicado no nosso país. Foi publicada na imprensa uma notícia onde constava o nome de uma deputada à Assembleia da República com uma indicação explícita ao seu tom de pele.

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Aparentemente o texto teria sido transcrito de uma nota de imprensa proveniente de uma agência noticiosa, no entanto isso não retira responsabilidade a quem publica algo sem fazer a revisão do texto. Aparentemente todas as responsabilidades foram devidamente apuradas e consequências deste lamentável acto foram retiradas, porém isso não nos pode deixar descansados e tem de ser assegurado a não repetição de algo semelhante.

Até há algum tempo tínhamos a ilusão de que Portugal não era um país racista. Claro que se sabia que existiam focos de racismo e de xenofobia, que sempre houve pessoas que discriminam outros com base na cor da pele, grupo étnico ou da sua proveniência. O aparecimento de protagonistas que alicerçam o seu discurso no ódio e na discriminação, toda a atenção mediática e o aumento das suas bases de apoio, mudou por completo toda esta percepção . Apesar de a maioria da população portuguesa não se rever nestes actos mais ou menos velados, o racismo e a discriminação estão cada vez mais visíveis na nossa sociedade. Seguramente sempre existiram, não surgiram com um passe de mágica. Mas actualmente, legitimados por discursos extremistas e intolerantes que cada vez mais ganham notoriedade, essas pessoas estão a sair da sombra onde estavam confinadas e começam a assumir publicamente as sua intolerância perante a diferença.

A história mostra-nos as consequências nefastas que sentimentos racistas e xenófobos tiveram quando no passado a discriminação racial e étnica causou milhões de mortes um pouco por todo o mundo e trouxe à tona o pior da humanidade, expondo o seu lado mais sombrio e tenebroso. Não podemos permitir q

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Na semana passada assistimos a mais um episódio que demonstra que o racismo ainda não está por completo erradicado no nosso país. Foi publicada na imprensa uma notícia onde constava o nome de uma deputada à Assembleia da República com uma indicação explícita ao seu tom de pele.

Aparentemente o texto teria sido transcrito de uma nota de imprensa proveniente de uma agência noticiosa, no entanto isso não retira responsabilidade a quem publica algo sem fazer a revisão do texto. Aparentemente todas as responsabilidades foram devidamente apuradas e consequências deste lamentável acto foram retiradas, porém isso não nos pode deixar descansados e tem de ser assegurado a não repetição de algo semelhante.

Até há algum tempo tínhamos a ilusão de que Portugal não era um país racista. Claro que se sabia que existiam focos de racismo e de xenofobia, que sempre houve pessoas que discriminam outros com base na cor da pele, grupo étnico ou da sua proveniência. O aparecimento de protagonistas que alicerçam o seu discurso no ódio e na discriminação, toda a atenção mediática e o aumento das suas bases de apoio, mudou por completo toda esta percepção . Apesar de a maioria da população portuguesa não se rever nestes actos mais ou menos velados, o racismo e a discriminação estão cada vez mais visíveis na nossa sociedade. Seguramente sempre existiram, não surgiram com um passe de mágica. Mas actualmente, legitimados por discursos extremistas e intolerantes que cada vez mais ganham notoriedade, essas pessoas estão a sair da sombra onde estavam confinadas e começam a assumir publicamente as sua intolerância perante a diferença.

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A história mostra-nos as consequências nefastas que sentimentos racistas e xenófobos tiveram quando no passado a discriminação racial e étnica causou milhões de mortes um pouco por todo o mundo e trouxe à tona o pior da humanidade, expondo o seu lado mais sombrio e tenebroso. Não podemos permitir que estes argumentos voltem a ter expressão para impedir que os erros do passado voltem a ser repetidos.

Este caso faz soar todos os alarmes, pois desta vez a fonte da discriminação vem de uma instituição que tem de se reger por elevados e exigentes critérios éticos e deontológicos. A imprensa tem de ser um bastião de isenção, liberdade e ética.

A cor da pele, a cor dos olhos, a altura ou qualquer outra característica física são meros indicadores das nossas origens e da nossa herança genética, mas não são seguramente essas características que definem enquanto seres humanos. O que define um ser humano são os seus actos e os seus valores e todos têm direito a ser tratados de modo igual e justo.

Que estes argumentos voltem a ter expressão para impedir que os erros do passado voltem a ser repetidos.

Este caso faz soar todos os alarmes, pois desta vez a fonte da discriminação vem de uma instituição que tem de se reger por elevados e exigentes critérios éticos e deontológicos. A imprensa tem de ser um bastião de isenção, liberdade e ética.

A cor da pele, a cor dos olhos, a altura ou qualquer outra característica física são meros indicadores das nossas origens e da nossa herança genética, mas não são seguramente essas características que definem enquanto seres humanos. O que define um ser humano são os seus actos e os seus valores e todos têm direito a ser tratados de modo igual e justo.

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