29 Março 2024, Sexta-feira
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Intervenção urgente do Governo no Centro Hospitalar de Setúbal como reflexo de gratidão

Acreditamos que o pior já passou no que se refere a uma Pandemia que invadiu a vida de todos e levou a vida de demasiados…

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Agradecer foi a palavra de ordem quando nos referíamos a todos os profissionais, dos médicos aos auxiliares de saúde, dos enfermeiros aos técnicos de diagnóstico e terapêutica, dos administrativos aos assistentes operacionais, que estiveram na linha da frente arriscando a sua própria segurança e das suas famílias, num desgaste sobre humano para fazer o que parecia impossível num SNS á beira da rutura.

Agradecer é a palavra de ordem quando falamos de todos os enfermeiros e pessoal afeto a esta mega campanha de vacinação essencial para devolver a vida a todos nós que resistimos e sobrevivemos.

Agradecer será a palavra de ordem que terá de estar na nossa memória sempre que houver um alerta de falta de condições de trabalho por parte destes profissionais que, no auge da dor, da incerteza e do medo, todos sem exceção, apelidamos de heróis.

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Mas, com que verdade estará o Governo agradecido e comprometido em garantir condições de trabalho quando reiteradamente negligencia o apelo dos profissionais por recursos para fazer mais e melhor?

A situação do Centro Hospitalar de Setúbal (CHS) é um caso flagrante da ingratidão perante todos os recursos humanos que nele trabalham e desprezo para com os cerca de 250 mil habitantes (provenientes dos concelhos de Setúbal, Palmela e Sesimbra), sendo também muito procurado por utentes do Litoral do Alentejo, cerca de 100 mil, oriundos dos Concelhos de Alcácer do Sal, Grândola, Santiago do Cacém, Sines e Odemira.

Este Centro Hospitalar constitui-se como unidade de referência, com um leque vasto de especialidades, capaz de servir a população, mas com enormes dificuldades sentidas, quer ao nível da incapacidade das próprias instalações em responder de forma mais eficaz, quer ao nível da escassez de recurso económicos. Trata vários milhares de doentes com patologias associadas a elevadas despesas, como é o caso de doentes oncológicos, imunodeprimidos, com patologia degenerativa de órgãos e sistemas, hepatites crónicas virias, entre outros.

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Para além disso, tem ainda atraído, em algumas especialidades, novos quadros médicos, que importa manter na região de forma a continuar a garantir a capacidade de resposta destas unidades que integram o CHS.

Várias situações relatadas pelos Diretores do Hospital, reiteradas pelo Sindicato Independente dos Médicos e pelo Bastonário da Ordem dos Médicos, dão conta  do estado limite das potencialidades do hospital o que tem, ao longo dos anos, contribuído, não só, para a acumulação de um défice financeiro crónico, mas também colocado em causa o desenvolvimento de meios complementares de diagnóstico, tão importantes para a capacidade de resposta deste Centro Hospitalar.

A promessa da construção de um novo Hospital contou com financiamento anunciado em Diário da República para uma profunda reestruturação, mas nunca chegou a ser concretizado.

Para o Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda, é da mais elementar justiça que a ampliação do CHS, bem como o aumento dos seus recursos humanos, saia finalmente do papel e se concretize, mesmo que isso tenha implicância concreta no aumento cabimento orçamental já estipulado.

Que a gratidão do nosso Governo se traduza em atos. É a única forma possível de demonstrar verdadeiro apreço por tantos profissionais que o merecem!

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