11 Maio 2024, Sábado

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Um falso dilema

Um falso dilema

Um falso dilema

No momento em que escrevemos o presente texto, ainda não são conhecidos os resultados finais das eleições presidenciais nos EUA. Pelo andar da carruagem, quando o mesmo for publicado, não temos a certeza que já sejam.

Trump, exige recontagens, fala em fraude, ameaça com os tribunais, enfim, o homem parece que não quer, de maneira nenhuma, descer do poleiro. O corriqueiro em qualquer republica das bananas. Só que se trata da principal potência mundial. O país que se arvora o paradigma da democracia e dos direitos humanos e que há muito visa a hegemonia mundial.

Para muitos comentadores, analistas políticos e quem influenciam, a reeleição de Donald Trump, seria um pesadelo. A escolha de Joe Biden, um tranquilizador sonho para os EUA e para o resto do mundo.

É verdade que com o atual presidente, as assimetrias sociais não pararam de aumentar, a pobreza é gritante, a assistência social incluindo a saúde, pioraram, assim como a delinquência e o racismo. E tudo isto se agravou exponencialmente com a forma absolutamente irresponsável como encarou a pandemia, e mais de vinte milhões de trabalhadores, foram parar ao desemprego.

No plano internacional, rompeu o acordo nuclear com o Irão, o apoio incondicional a Israel agravou o problema do Médio Oriente, boicotou e exerceu todo o tipo de pressões sobre a Venezuela, reforçou as relações com a Arábia Saudita assim como a venda de armas, contribuindo desta forma para a destruição do Iémen, empurrou a NATO para as fronteiras da Rússia e elegeu como inimigo principal, a China.

Portanto, a megalomania, a obsessão da América First e o modo de o tentar conseguir, é efetivamente, um pesadelo para o mundo.

Então e Biden? Com ele na Casa Branca, será a paz celestial? Não esquecer que já por lá passou como vice de Obama. E as guerras movidas ou mantidas, para não recuarmos mais, no Afeganistão, Iraque, Jugoslávia, Líbia, Síria foi Trump quem as desencadeou? E foi apenas com o partido republicano no poder?

É claro que Trump é rude, primário, prepotente. E como um dia deste ouvimos a um prestigiado compatriota nosso, professor universitário, colunista, escritor, que vive nos EUA há quase 50 anos, Onésimo Teotónio Almeida; um mentiroso compulsivo . Mas, com ou sem Trump, os democratas ou republicanos lá do sítio, sempre aspiraram que os EUA sejam os senhores do mundo. Por isso, ameaçam, ou agridem mesmo , quem preze a sua independência e não se submeta.

Antigamente, consideravam a União Soviética e o comunismo, as fontes do mal. A primeira, já desapareceu. O segundo, nunca chegou a existir nem existe. Mas, a Rússia voltou a ser um perigo, e a China, por lhes fazer frente economicamente, o inimigo principal.

Conclusão, o imperialismo norte-americano, praça-forte do capitalismo, é o principal fator de desestabilização e um perigo para a paz mundial. E é-o não só pelo seu poderio bélico que inclui o controlo e utilização da NATO, mas também porque os seus aliados lhe prestam vassalagem.

Agora, Trump ou Biden? É um falso dilema!

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