29 Março 2024, Sexta-feira
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Ainda o novo coronavírus

Os relatos que nos chegam de quem está no terreno, e são muitos relatos, dão-nos conta de que continuam a faltar meios de proteção individual para que, nomeadamente os profissionais de saúde, possam desenvolver o seu trabalho em segurança.

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De facto, técnicos, enfermeiros e médicos do INEM, por exemplo, dizem-nos que faltam equipamentos de proteção individual, o que pode vir a criar um grande problema para os próprios, mas também condicionar o próprio combate a esta ameaça.

É aliás a própria Ordem dos Médicos que vem apelar à oferta de equipamentos de proteção para o SNS, para colmatar os problemas de stock dos Hospitais.

Por outro lado, foi esta semana divulgado um estudo realizado por um Grupo de Trabalho de Investigadores da Faculdade de Medicina do Porto, que foi especialmente criado para fazer face aos desafios médico-científicos decorrentes da COVID- 19, que nos diz que se o número de testes fosse triplicado, evitar-se-iam, só nos próximos dez dias, mais de 900 hospitalizações, o que permitiria aliviar a pressão do SNS, salvar mais vidas e haveria menos oportunidades de contágio, para além de se pouparem milhões de euros ao Estado.

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Seria por isso importante que o Governo tivesse este estudo em atenção ou pelo menos aumentasse a capacidade de realização de testes.

Sobre os apoios às famílias, Os Verdes, continuam a considerar que são manifestamente insuficientes em geral e pior ainda para as pessoas que trabalham a recibos verdes ou que estão numa situação de precaridade laboral.

Quanto às empresas, é preciso colocar um travão nos abusos que se estão a verificar.
É necessário combater a especulação dos preços dos bens, e nesta matéria importava saber se o governo está a ponderar fixar preços, por exemplo para os materiais de proteção individual, ou se vamos continuar a assistir a esta galopante inflação de preços.

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Mas é também necessário combater os abusos ilegais e imorais que muitas empresas e até instituições que recebem apoios do Estado, estão a fazer com os seus trabalhadores.
Todos os dias nos chegam denuncias de situações absolutamente abusivas e que mostram como muitas empresas e instituições estão a reagir à situação:
Encerramentos sem aviso prévio aos trabalhadores. Despedimentos em vários sectores. Férias forçadas. Aconselhamentos fraudulentos para baixas médicas. Pessoas mandadas embora antes do fim dos contratos a termo. E o fim antecipado do período experimental.
Vale tudo. Mas convém recordar que os direitos laborais não estão todos de quarentena, e por isso era importante, a nosso ver, impedir no plano legal os despedimentos durante este período.

Por fim, queremos deixar uma preocupação que tem a ver com a situação dos trabalhadores imigrantes, nomeadamente no litoral alentejano. As dificuldades de domínio da língua portuguesa e as condições de habitação precária, nomeadamente dos trabalhadores das estufas e do olival intensivo, podem potenciar situações muito complicadas e que exigem respostas especificas e urgentes.

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