As instituições de formação podem ter perfis de diversa natureza. Diria até que tal é positivo e que não temos todos de trabalhar do mesmo modo. Acresce que dessa diversidade emergirão projectos com diferentes resultados e, como observaria Darwin, sobreviverão aqueles que melhor se adaptam às circunstâncias. Alguns cometem erros em que se afundam, outros tomam decisões de gestão ou desportivas que promovem e salvaguardam a sua sobrevivência. Uns conseguem reunir a massa crítica para crescerem, enquanto outros definham sem conseguir assegurar a sua prosperidade.

As instituições mimetizam a vida e ninguém está livre de, fruto das circunstâncias, sem querer tomar más decisões. Isto dito, n’Os Pelezinhos há caminhos que seguramente não vamos trilhar. Em nenhuma circunstância os interesses dos atletas serão secundarizados ou instrumentalizados em função de outras agendas. Um jovem que queira sair do clube, por exemplo, em circunstância alguma a direcção vetaria a sua vontade. Era o que faltava. Regresso a Darwin. Há quem opte por caminhos que são a via rápida para o definhamento. É o que acontece quando se perde o foco. É a vida.

Duas notas finais. A primeira para agradecer as largas dezenas de mensagens que recebemos em reacção à minha entrevista publicada, na semana passada, aqui no Setubalense. Naturalmente, é sempre agradável receber manifestações de carinho. Mas, sobretudo, é fantástico perceber como Os Pelezinhos são muito acarinhados e estimados em Setúbal. É também isto que nos motiva a trabalhar o melhor que sabemos, todos os dias, pelo clube.

A segunda nota para agradecer aos responsáveis da Farmácia Brasil pelo moderno desfibrilhador que gentilmente nos ofereceram. Já aqui o afirmei por diversas vezes. Mais do que estarmos sempre à espera da intervenção do Estado, em muitas ocasiões a sociedade civil pode e deve mobilizar-se para apoiar determinadas causas ou projectos. Agradecemos duplamente: pelo exemplo que constitui e por confiarem em nós e no nosso projecto.