Eleitos pedem que André Martins peça às entidades para investigar. Autarca marcou reunião com a população para dia 9
O PS Setúbal quer que as entidades competentes investiguem o caso dos despejos ilegais na zona de Poçoilos e pede que o executivo das Câmara Municipal de Setúbal fale directamente com a empresa responsável pelos crime ambientais, para cessar as descargas.
As intenções foram dirigidas ao presidente da autarquia, André Martins, durante a reunião pública do executivo que decorreu esta quarta- -feira onde os socialistas pediram que a autarquia informe a população sobre os “potenciais prejuízos ambientais resultantes das descargas ilegais de água contaminada e exija o apuramento dos factos e condenação pelos actos praticados dos infractores que venham a ser identificados, assim como o total cumprimento das regras de defesa e proteção da saúde pública e meio ambiente”, lê-se na informação enviada a O SETUBALENSE.
Pedem ainda que se inste as entidades responsáveis, nomeadamente a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo (CCDR-LVT), Agência Portuguesa do Ambiente (APA), a Inspecção-Geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território (IGAMAOT), e o Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente da Guarda Nacional Republicana (SEPNA), para que façam uma investigação sobre “eventuais ilegalidades e crimes ambientais”.
Querem ainda reuniões com os moradores das urbanizações da Quinta da Amizade, Vale Ana Gomes e Quinta da Serralheira para explicar os “potenciais prejuízos ambientais resultantes das descargas ilegais de água contaminada”. Entretanto, na tarde desta quinta-feira, André Martins já anunciou que está marcada para a próxima segunda-feira, pelas 21 horas no Pólo operacional da Junta de Freguesia de Gâmbia-Pontes-Alto da Guerra na Quinta da Serralheira, uma reunião com a população sobre este tema.
Querem ainda que o executivo “avalie a eventual contaminação dos lençóis freáticos e a qualidade do ar, considerando quer as escorrências quer os cheiros intensos que afectam” as urbanizações já descritas.
Na informação enviada ao nosso jornal os vereadores do PS consideram que “a contaminação dos solos é um perigo silencioso, com implicações diretas nos lençóis freáticos e a consequente contaminação dos recursos hídricos”, que a actividade “apresenta também impactos na qualidade do ar, o que configura um grave problema para a saúde pública e o meio ambiente” que é fundamental “identificar os locais contaminados e sujeitos a eventual intervenção de remediação, assim como é imperativo que exista uma efectiva e tangível fiscalização” e que há estudos que revelam há “correlação directa entre solo, água e alimentação e, neste contexto, é fundamental destacar que poderá estar em causa a própria cadeia alimentar, com a contaminação de solos”.