Novo espaço verde vai situar-se na entrada do estaleiro da Mitrena onde os mais pequenos vão colaborar com os pais

Nos terrenos da Lisnave, empresa de reparação naval instalada na Mitrena, vão ser plantadas 150 novas árvores numa área de 50 metros quadrados. É já no final de Novembro que vai nascer uma nova micro-floresta, para juntar à que já existe nos terrenos do estaleiro, e os familiares dos trabalhadores vão participar na iniciativa.

Para Vítor Gordo, responsável pelo projecto Ilhas de Biodiversidade e orientador da iniciativa, o envolvimento dos trabalhadores e das suas famílias, nomeadamente os mais pequenos, é um dos factores mais importantes da iniciativa e “crucial para o desenvolvimento destas actividades”.

“Desta vez, os fi lhos dos trabalhadores também participaram, o que não tinha ocorrido antes. Como a floresta está dentro do estaleiro, eles Primeira iniciativa foi realizada a 17 de Novembro de 2022 e mobilizou 32 trabalhadores DR antes não podiam ter acesso devido às normas de segurança”, revela em declarações a O SETUBALENSE.

Esta é uma reprodução do que já tinha sido feito a 17 de Novembro de 2022 e os objectivos passam por “aumentar o número de árvores e a biodiversidade”, bem como “a microfauna”, e criar “mais espaços verdes dentro do Estaleiro com um uso de água muito reduzido”.

“Ao fim de três anos, pretendemos desligar a irrigação dessas micro-florestas, pois estas já serão independentes, capazes de auto-regular-se e desenvolver o seu crescimento autonomamente”.

Para a própria empresa a iniciativa tem aspectos muito positivos, nomeadamente a redução do uso de recursos hídricos e a diminuição de custos com estes. “Como resultado, conseguimos reduzir o uso da água, melhorar o ambiente e também reduzir os custos a médio e longo prazo, uma vez que a manutenção é quase nula a partir do terceiro ano”, adianta ainda.

Espaço verde vai estar localizado na entrada do estaleiro

A nova micro-floresta vai surgir num espaço na entrada do estaleiro localizado na Mitrena, longe das áreas de actividade industrial, escolhido para criar um ambiente mais acessível e convidativo para as famílias dos trabalhadores.

“A escolha do local foi crucial pois tivemos de assegurar que a área seleccionada não ia interferir com projectos futuros da empresa. Também foi fundamental estabelecer parcerias e mobilizar os trabalhadores para a iniciativa”, refere a O SETUBALENSE Cláudia Spranger, responsável pelo sector de Ambiente na Lisnave.

Para este novo capítulo a responsável espera uma melhor adesão mas, ao recordar a primeira iniciativa, que este ano completa dois anos e que envolveu um total de 32 trabalhadores, explica que o número de participantes foi um obstáculo. “No início, tivemos poucas inscrições, e só depois de muita insistência é que se começaram a inscrever, no entanto, conseguimos envolver mais pessoas e a aceitação foi aumentando”.

Sobre a vontade dos trabalhadores colaborarem num projecto de sustentabilidade explica que estes “passaram a ver a plantação como uma oportunidade de colaborar em algo”.