23 Julho 2024, Terça-feira

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Gestora do condomínio do Sado Internacional descarta responsabilidades das descargas na Mourisca

Gestora do condomínio do Sado Internacional descarta responsabilidades das descargas na Mourisca

Gestora do condomínio do Sado Internacional descarta responsabilidades das descargas na Mourisca

Empresa diz que “a responsabilidade caberá inevitavelmente” aos armazéns privados “que desenvolvem a sua actividade no local”

 

A NTV, responsável pela gestão do condomínio do Centro Empresarial Sado Internacional, descarta responsabilidades nas descargas que estão a poluir a vala de Brejos de Canes, na zona da Mourisca.

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“O condomínio não desenvolve qualquer actividade de produção geradora de descarga de resíduos. Cada uma das fracções que constituem [o espaço empresarial são] independentes, sendo [os 60 armazéns privados] exclusivamente responsáveis pelos actos que praticam”, garante a empresa.

Em Direito de Resposta (ver aqui), e depois de O SETUBALENSE ter tentado, por diversas vezes, ouvir o centro empresarial, que disse sempre não querer prestar quaisquer declarações sobre o assunto, a NTV admite que, “a existir descargas ilegais prejudiciais ao ambiente, a responsabilidade pelas mesmas caberá inevitavelmente a uma(s) da empresa(s) que desenvolvem a sua actividade no local”.

Com a responsabilidade de gerir “as partes comuns que compõem o interior do espaço empresarial”, a empresa considera que “a competência para investigar caberá necessariamente às entidades competentes e nunca ao condomínio, que não possui poderes jurisdicionais para o efeito”.

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Contudo, “no estrito cumprimento do seu dever”, a administração explica já ter procedido “à visualização das câmaras que compõem o sistema de videovigilância das partes comuns do parque, não tendo verificado qualquer actividade anómala”.

Além disso, a NTV garante estar a colaborar “de forma estreita e diligente”, tendo facultado “os dados da empresa que efectua a manutenção da ETAR, sendo que as análises regulares foram consentâneas com os parâmetros exigíveis”, assim como foram solicitadas análises adicionais.

Ainda no Direito de Resposta, a administração do condomínio lamenta que a Câmara Municipal de Setúbal, que “tem conhecimento do funcionamento do parque, uma vez que é arrendatária do maior armazém nele existente, onde labora o Mercado Abastecedor”, e a Junta de Freguesia não tenham ainda contactado a empresa “para esclarecimentos sobre esta situação”.

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“Ao invés, a Câmara Municipal optou por recorrer às redes socias e comunicação social, relatando factos de forma parcial, omitindo as diligências que foram levadas a cabo pela administração do condomínio, em colaboração com as respectivas entidades competentes, assim como ocultou o comunicado que lhe foi endereçado”, atira.

Considera a NTV que “a informação prestada [pela edilidade] subverteu a realidade dos factos, transpondo para a opinião pública dados infundados”. “Da parte da administração deste condomínio haverá sempre a garantia de estarmos disponíveis a colaborar de forma altiva com todas as entidades competentes para resolver esta situação por forma a que não se venha a repetir”, garante, a concluir.

As descargas poluentes na vala de Brejos de Canes começaram há vários meses, com a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) a confirmar que as mesmas são graves e que “têm origem dentro do Centro Empresarial Sado Internacional”.

A O SETUBALENSE, a agência do ambiente confirmou na passada semana ter tomado “conhecimento da situação a 12 de Julho” e que “não é evidente a existência de outras fontes de poluição”, pelo que notificou “a gerência do centro empresarial para providenciar a imediata cessação das rejeições”.

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