2 Maio 2024, Quinta-feira
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“Não estava à espera do desafio e fiquei honrado por terem confiança em mim”

De deputado a governante, Paulo Ribeiro está focado no novo cargo e garante que Governo social-democrata “não é de turno”

 

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Aos 55 anos, o social-democrata Paulo Ribeiro foi escolhido, com “grande surpresa”, como o novo secretário de Estado da Protecção Civil. O agora ex-vereador da Câmara Municipal de Palmela, cargo que deixa após onze anos de “dedicação aos problemas do concelho”, confessa-se “honrado” pela confiança que lhe foi atribuída por Luís Montenegro e garante que o Governo social-democrata “não é de turno”, assegurando que aceitou este cargo com a certeza que irá “cumprir o mandato até ao fim”.

Em entrevista a O SETUBALENSE, o novo secretário de Estado acentuou estar confiante em Paulo Edson Cunha, que o irá substituir na Assembleia da República, confiança essa que também sente por parte de Luís Montenegro, relativamente às “capacidades dos homens e mulheres” do PSD em Setúbal. Quanto ao cargo que vai ocupar, assegura já ter “naturalmente” opiniões formadas, que irá partilhar com Margarida Blasco, ministra da Administração Interna, e com o primeiro-ministro, Luís Montenegro.

Como é que se sente com esta com esta nomeação?

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É um sentimento de responsabilidade e também de honra, pela confiança que o senhor primeiro-ministro e a senhora ministra da Administração Interna tiveram em mim para me convidarem para este lugar. Depois também a confiança de que poderei fazer alguma coisa pelo País e por esta área em concreto, para que possa ajudar os portugueses.

Sente o peso da responsabilidade de fazer parte do Governo?

A responsabilidade aumenta substancialmente. É uma grande responsabilidade, porque se é verdade que podemos tomar decisões que podem ajudar a resolver os problemas das pessoas, o que é importante, também é verdade que a nossa actividade vai ter influência nessas pessoas.

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A sua experiência política dá-lhe competências suficientes para ocupar este cargo?

Se não sentisse que as minhas competências políticas e profissionais não me ajudassem numa função como é ser secretário de Estado, não aceitaria. Portanto, sinto que política e profissionalmente estou preparado para este desafio que a senhora ministra da Administração Interna e o senhor primeiro-ministro me lançaram.

Quando a AD venceu, sentiu que este cargo poderia ser uma possibilidade real?

O que senti quando a AD venceu foi que tinha sido eleito deputado, que era que era para isso que eu me tinha candidatado, e com muita honra eleito pelos eleitores do meu distrito. Não estava à espera deste desafio e fiquei honrado por terem confiança em mim, mas não era propriamente uma coisa que eu estava à espera.

Já  trabalhou com a Ministra da Administração Interna, Margarida Blasco?

Tive vários contactos com ela na minha anterior passagem pelo Parlamento, entre 2011 e 2015. A doutora Margarida Blasco é uma mulher conhecida nesta área, uma juíza de grande mérito, de grande competência e foi Inspectora Geral da Administração Interna e depois directora do SIS (Serviço de Informações de Segurança). É uma mulher com grandes conhecimentos e com grande competência e grande relevância na área da administração interna no nosso País.

Enquanto secretário de Estado, vai ajudar menos a responder às necessidades dos setubalenses?

Estarei como sempre estive numa perspectiva de ajudar o meu distrito e, ajudando o meu distrito, ajudar o País. É para isso que somos, neste caso, nomeados para o Governo, para com a nossa actividade e com a nossa acção resolvermos os problemas do País e do distrito de Setúbal e de todos os distritos.

Já sabe quais é que são os assuntos que quer tratar e quais é que são os mais urgentes?

É um assunto que veremos ao seu tempo. Neste momento é tempo de assentar. Depois da aprovação do programa de Governo é que, em conjunto com as determinações, quer do senhor primeiro-ministro e de todo o Concelho de Ministros, quais os assuntos que o ministério da Administração Interna e, neste caso, a minha secretaria de Estado em particular terão atenção. Tenho naturalmente as minhas opiniões, mas que as partilharei não só com a senhora ministra como o senhor primeiro-ministro.

Como foi o regresso à Assembleia da República?

Foi um regresso interessante e engraçado. Tive uma semana e meia no parlamento e o factor mais relevante foi a eleição do presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar Branco. A única diferença é que eu iria, como deputado, fiscalizar o Governo e agora serei fiscalizado, com muito gosto.

Está confiante no elemento que o irá substituir no parlamento?

Tenho uma grande confiança na lista de deputados do Distrito de Setúbal. Na Teresa Morais, no Bruno Vitorino, na Sónia dos Reis, que comigo foram eleitos. No caso concreto da pessoa que me irá substituir, o Paulo Edson Cunha, é um advogado competente e com muita sensibilidade política. Além disso é vice-presidente na comissão política distrital que presido e por isso, se não tivesse confiança nele também não o tinha escolhido para esse cargo.

Teresa Morais como vice-presidente da assembleia, Paulo Ribeiro como secretário de Estado. Foi uma grande vitória para o PSD de Setúbal?

O que há é um acreditar por parte do doutor Luís Montenegro enquanto líder do PSD, por um lado, mas também primeiro-ministro de Portugal, nas capacidades dos homens e mulheres do PSD em Setúbal. É também sentido que o distrito merece da sua parte toda a atenção e toda a importância que Setúbal tem no espectro nacional.

Após ter renunciado ao mandato de vereador em Palmela, que balanço faz deste percurso?

Foram onze anos que assumi com muita honra o lugar de vereador da Câmara Municipal de Palmela em representação do meu partido. Foram anos de dedicação aos problemas do concelho de Palmela. Infelizmente, pela necessidade de incompatibilidade entre um cargo e outro, tive de renunciar, com a certeza de que procurei honrar o mandato que os palmelenses me deram. Serei substituído pelo número dois, o Roberto Cortegano, uma pessoa muito dedicada e com grande disponibilidade e competência para estar atento aos problemas dos munícipes deste concelho.

Vai-se manter como presidente da Comissão política distrital de Setúbal?

Sim, tenho um mandato até ao final de Outubro deste ano e faço questão de o cumprir. Depois logo verei o que irei fazer quando forem marcadas eleições, mas para já irei cumprir o mandato para que fui eleito.

Acredita que Luís Montenegro irá exercer o mandato até ao fim?

Eu acho que o senhor primeiro-ministro disse tudo no discurso de tomada de posse. Este não é um Governo de turno. Estamos aqui para cumprir o mandato até ao fim. É para isso que nós estamos determinados e estamos confiantes nas nossas propostas e nas nossas capacidades para resolver os problemas dos portugueses e é com esse intuito que vamos trabalhar.

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