2 Maio 2024, Quinta-feira
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Sindicato acusa Auchan de querer tirar folga do domingo de Páscoa aos trabalhadores

Acção de denúncia sobre situação dos funcionários aconteceu junto ao hipermercado no centro comercial Alegro Setúbal

 

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O Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP) acusou ontem os hipermercados Auchan de quererem “tirar uma folga aos trabalhadores com uma alteração de horários para que todos estejam de folga no domingo de Páscoa”. A denúncia foi feita por Célia Lopes, durante uma acção sobre a situação dos trabalhadores
das empresas de distribuição junto ao hipermercado no centro comercial Alegro Setúbal.

“Os hipermercados Auchan, que recentemente brindaram os seus trabalhadores com a notícia de que vão encerrar no domingo de Páscoa, alteraram o esquema de rotação dos descansos semanais para que todos os trabalhadores estejam de folga no domingo de Páscoa”, disse à agência Lusa a sindicalista do CESP Célia Lopes.

“Os trabalhadores são prejudicados, porque deixam de gozar a sua folga [na data prevista inicialmente] para poderem beneficiar do domingo de Páscoa”, frisou.

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A sindicalista falava à agência Lusa durante uma acção de denúncia sobre a situação dos trabalhadores das empresas de distribuição junto ao hipermercado da Auchan, no centro comercial Alegro Setúbal, no âmbito de um conjunto de iniciativas, para denunciar os salários baixos no sector, que o CESP está a levar a cabo um pouco por todo o país.

“Os clientes – perante um sector que gera milhões de euros de lucros e que gera as pessoas mais ricas do país – têm a sensação de que as condições de trabalho no sector são agradáveis, que as carreiras são bem remuneradas, que os trabalhadores têm bons horários, mas nada disto corresponde à verdade”, disse Célia Lopes.

Nesse sentido, o CESP decidiu fazer uma denúncia junto dos clientes da situação vivida pelos trabalhadores, porque estamos a falar de carreiras totalmente desvalorizadas, de um contrato colectivo de trabalho que, por bloqueio da associação patronal, não é negociado desde 2016. E mais de 80% dos trabalhadores têm a sua carreira profissional toda absorvida pelo valor do salário mínimo nacional e estão à mercê da meritocracia para poderem ter alguma actualização salarial”, acrescentou.

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Segundo Célia Lopes, além da actual desvalorização das carreiras dos trabalhadores do sector, a Associação Patronal das Empresas de Distribuição (APED) ainda “pretende impor bancos de horas, de 150 horas anuais, a todos os trabalhadores, o que significa uma maior desregulação dos horários de trabalho”.

“E importa ter a noção de que a esmagadora maioria dos trabalhadores do sector são mulheres, jovens mulheres, com responsabilidades familiares e parentais, para as quais é particularmente preocupante a desregulação dos tempos de trabalho”, frisou. Célia Lopes salientou ainda que “o problema dos baixos salários não afecta apenas os trabalhadores das empresas de distribuição, mas também trabalhadores de diversas lojas, como acontece no centro comercial Alegro em Setúbal, em que diversas empresas se filiaram na APED, para poderem pagar salários mais baixos do que aquilo a que estavam obrigadas pelos contratos do comércio retalhista local”.

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