Lojistas queixam-se da falta de clientes e turistas naquele local e querem tomar medidas para 2024
A tristeza nos olhares de quem está à porta dos estabelecimentos a observar o Largo de Santa Maria, na zona da baixa setubalense, não engana. Os comerciantes daquele local estão tristes com as poucas decorações natalícias que dizem estar a afastar clientes e turistas numa época de muito comércio.
Maria Lucília, proprietária de um café, Lucília Sobrinho, imobiliária, e, Paula Paixão, dona de uma casa de figuras religiosas, dão a cara e mostram resiliência para arranjar soluções para a presente época no próximo ano.
“Eu mandei um e-mail ao bispo e ele já respondeu, já tenho agendado, mas em cima do Natal nós não vamos fazer nada. Vou é falar com ele, quero que ele próprio vá comigo ter com o presidente e dizer que isto não pode ser, isto pertence à câmara fazer, não somos nós”, refere Lucília Sobrinho que se mostra determinada para que, em 2024, o Natal na Igreja de Santa Maria tenha outro encanto.
Paula Paixão diz mesmo que “a Sé de Setúbal é um cartão de visita para
a cidade”, e não compreende como este espaço possa estar tão “despido” de decorações.
Presépio faz falta aos lojistas
As comerciantes explicaram que, antes da cidade sadina ter acendido as luzes de Natal – a 29 de Novembro – o Largo de Santa Maria tinha recebido o habitual presépio que tantas pessoas chama para aquela zona. Maria Lucília disse que, quando chegou ao trabalho na madrugada de 30 de Novembro, este já tinha sido desmontado e o largo tinha ficado completamente vazio.
“No domingo não houve ninguém a entrar aqui só se ouvia as pessoas a perguntarem onde estava o presépio. Queixarem-se que este ano não tiravam fotografias, no dia de feriado [1 de Dezembro] foi a mesma coisa, quer dizer, faz falta aqui os enfeites”, queixa-se em declarações ao nosso jornal.
Fonte da Câmara Municipal de Setúbal disse a O SETUBALENSE que o presépio foi retirado do Largo porque tinha sido alvo de vandalismo na madrugada anterior e algumas das figuras que o compunham tinham sido destruídas. Questionados sobre se existia possibilidade de o presépio voltar ao local disseram que não havia previsão para tal, sendo que este foi agora montado no Largo da Misericórdia, na lateral da Cruz Vermelha.
