5 Maio 2024, Domingo
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Novo 10 reabre portas apesar de polémica que envolve dívida de 700 mil euros

Caso conhece novos avanços a 2 de Junho, data em que arranca o julgamento

 

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O restaurante Novo 10 reabriu portas neste sábado, após ter estado encerrado durante quase meio ano, devido a polémica que envolve uma dívida de 700 mil euros. O caso, que opõe o antigo dono Manuel Teixeira e Ricardo Moutinho, empresário portuense, está nas mãos da justiça, estando o começo do julgamento marcado para dia 2 de Junho, no Tribunal de Setúbal.

Este caso devia ter começado a ser julgado há algum tempo, mas ao que O SETUBALENSE conseguiu apurar, as constantes greves no sistema judicial foram adiando de forma consecutiva o começo do julgamento. Enquanto a situação não era resolvida, o restaurante esteve fechado, mas voltou a abrir portas de forma surpreendente neste sábado, dia 20 de Maio.

Em Fevereiro deste ano, Manuel Teixeira acreditava que Ricardo Moutinho não iria conseguir abrir o restaurante, confirmando na altura que, de acordo com o que sabia, o estabelecimento não tinha água nem luz. O antigo proprietário não se mostrava crente que a empresa Etapas Avulso, de Ricardo Moutinho, fizesse os pagamentos devidos ou a escritura, mas esta abertura veio contrariar Manuel Teixeira.

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Após este regresso ao activo, em declarações a O SETUBALENSE, Manuel Teixeira mostrou-se “desanimado e indignado” com a reabertura do ‘seu’ restaurante. O antigo proprietário confessou-se indignado com toda esta situação, explicando que não consegue perceber como é que “possível” abrir o restaurante. “Como é que uma pessoa [Ricardo Moutinho] que deve mais de 600 mil euros às finanças e tem mais de 25 processos em tribunal consegue andar impune?”, referiu.

Para Manuel Teixeira é impossível perceber o porquê de a justiça dar razão a Ricardo Moutinho. “Como é que a juíza pode dar razão a uma pessoa destas? Um homem que ainda me deve cerca de 800 mil euros e que nunca pagou um cêntimo às finanças”, concluiu.

O SETUBALENSE tentou falar com Armando Pereira, gerente do estabelecimento, mas o mesmo recusou-se a prestar declarações. Até ao fecho desta edição O SETUBALENSE tentou entrar em contacto com Ricardo Moutinho, mas não foi obtida nenhuma resposta por parte do empresário portuense.

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Polémica com quatro anos não tem fim à vista

Este caso remete para 2019, quando um negócio deixou a vida de Manuel Teixeira arruinada. O dono do restaurante, na altura, em busca de algum descanso, viu na proposta de Ricardo Moutinho uma excelente oportunidade de negócio.

Quando conheceu o empresário portuense não tinha do que suspeitar, com Ricardo Moutinho a aproveitar o momento para pedir para se reunir com a gerência, no intuito de apresentar uma proposta de investimento.

Manuel Teixeira e os restantes sócios do Novo 10 assinaram o Contrato-Promessa Compra e Venda com a empresa Etapas Avulso, de Ricardo Moutinho, em Julho de 2019. Nesse contrato ficou acordado que, durante cinco anos, mensalmente seria paga uma verba de 25 mil euros, até aos cinco anos para se fazer a escritura.

As primeiras falhas chegaram logo no primeiro Inverno, quando as rendas começaram a ser pagas cada vez mais tarde, até que deixaram aparecer. O dono do restaurante, Manuel Teixeira, explicou que à falta de pagamento pontual devem ser devolvidas as chaves do estabelecimento. A devolução das chaves nunca aconteceu e em Dezembro do ano passado, após ter trocado as fechaduras do estabelecimento, o proprietário, no interior do restaurante, foi surpreendido pelo empresário Ricardo Moutinho, que quis entrar à força, mas foi impedido por Manuel Teixeira e os seus sócios.

O proprietário não pode colocar o restaurante a funcionar, uma vez que a juíza encarregue do caso deu permissão ao empresário portuense para entrar no restaurante novamente, através de uma providência cautelar.

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