2 Maio 2024, Quinta-feira
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Associação acusa Governo de faltar à palavra por não actualizar valores dos cuidados continuados

Santa Casa da Misericórdia de Santiago do Cacém enviou uma carta ao secretário de Estado da Saúde dando conta dos “elevados prejuízos”

 

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A Associação Nacional dos Cuidados Continuados acusou esta sexta-feira o Governo de fazer propaganda e faltar à palavra por continuar sem actualizar os valores pagos na Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados, apesar do compromisso até final de 2023.

Em comunicado, a Associação Nacional dos Cuidados Continuados (ANCC) recorda que no dia 7 de Dezembro de 2023 “os representantes do sector social foram chamados à pressa, ao Porto, para assinarem o compromisso do sector social para o ano de 2024”.

No documento, é possível ler-se que “de modo a minimizar as dificuldades financeiras das entidades parceiras da RNCCI [Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados], (…) deverá ser emitida uma portaria para actualização dos preços das várias tipologias, (…) cujos valores são definidos até ao final de 2023”.

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“Estamos no final da primeira semana de Janeiro de 2024 e o Governo não cumpriu o que assinou. A Associação Nacional dos Cuidados Continuados (ANCC) considera este acto de pura propaganda. Além da falta de palavra já não se honra aquilo que se assina, infelizmente o normal desde há oito anos”, acusa a associação.

A Lusa contactou o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, mas não obteve resposta até ao momento.

Para a ANCC, “o Governo continua a discriminar os cuidados continuados”, recordando que em 2022 houve uma inflação elevada, que se prolongou por 2023 e se mantém em 2024.

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“O salário mínimo subiu em 2023, e sobe novamente este mês (Janeiro 2024), sem que os preços dos cuidados continuados sofram qualquer aumento de forma a acomodar estes aumentos de custos e, em simultâneo, possam aumentar salários àqueles que ganham mais que o mínimo e que também sofrem com o aumento dos custos dos bens e serviços, juros e rendas de casa”, destaca a ANCC.

Dá como “exemplo das dificuldades deste congelamento de preços”, o caso de 342 camas que encerraram desde 2021 e o “desespero de entidades que lutam para não encerrar, como é exemplo a Santa Casa da Misericórdia de Santiago do Cacém”, que enviou uma carta ao secretário de Estado da Saúde dando conta dos “elevados prejuízos” sentidos nas duas valências de cuidados continuados, e que obrigou, em 2022, à venda de património para “equilibrar as contas”.

Nessa carta, a Santa Casa da Misericórdia de Santiago do Cacém informa ainda Ricardo Mestre que a partir do dia 1 Janeiro de 2024 prescinde de todos os profissionais de enfermagem, fisioterapia e outros técnicos de diagnóstico e terapêutica que tinham contratado como prestadores de serviços.

“Temos consciência da quebra de qualidade nos cuidados que vamos prestar aos nossos utentes, no entanto rejeitamos as devidas consequências. O Estado não nos pode obrigar a prestar um serviço que é da sua responsabilidade, sem que para tal sejamos ressarcidos”, lê-se na carta.

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