Fernanda Pésinho acumula o cargo de vereadora com o de nova vice-presidente, lugar antes ocupado por Luís Miguel Calha
Na primeira reunião pública ordinária da Câmara de Palmela, que teve lugar esta sexta-feira na Biblioteca Municipal de Palmela foi definido o número de vereadores em regime de tempo inteiro, depois de, no dia 30 de outubro, o novo executivo municipal ter tomado posse.
Pelo resultado que saiu das últimas eleições autárquicas a presidente eleita podia nomear dois vereadores a tempo inteiro mas a lei diz que, por sua decisão, pode dobrar esse número. Assim Ana Teresa Vicente decidiu que o novo executivo irá ter quatro vereadores a tempo inteiro. Dois da CDU, dois do PS, ficando assim sem pelouros o PSD e o Chega.
A recém eleita presidente justificou a sua decisão, do aumento do número de vereadores, com a “natureza e diversidade das atribuições e competências atribuídas às autarquias locais”, bem como o facto de, acrescenta, “as matérias abrangidas pelas diversas disposições legais que exigem uma maior afetação e disponibilidade ao nível da gestão autárquica e, por outro lado, a designação de vereador em regime de permanência se revela indispensável e benéfica para o funcionamento da autarquia de que sairão beneficiados, não só os serviços, que melhor cumprirão as suas funções, mas, fundamentalmente, os munícipes”.
Na distribuição de tarefas, a presidente Ana Teresa Vicente fica com coordenação geral; cooperação internacional, planeamento e desenvolvimento estratégico, administração; finanças e atendimento; recursos humanos, gestão e qualificação; saúde ocupacional; proteção civil e segurança; participação e ação local; igualdade de género e informação e comunicação.
Fernanda Pesinho (CDU), que transita do anterior executivo é a nova de vice presidente da autarquia que fica a seu cargo com as áreas da cultura, desporto, juventude, bibliotecas, educação, ação social, habitação social, Centro Histórico de Palmela e serviços jurídicos.
Para José Paulo Garcia (CDU) ficam as áreas do ambiente, mobilidade e transportes públicos, águas e resíduos sólidos urbanos, autoridade veterinária e bem estar animal, gestão do espaço público, rede viária, gestão e planeamento urbanístico, habitação-reabilitação urbana e sistemas de informação e modernização administrativa.
Pedro Taleço, do Partido Socialista tem um conjunto de responsabilidades. que passam pelas áreas do desenvolvimento económico, turismo, mercados e feiras, metrologia, defesa do consumidor, iluminação pública e eficiência energética, cemitérios, toponímia e fiscalização municipal.
Já José Carlos Sousa (PS) fica encarregue dos projetos e obras públicas, logística, transportes, a conservação e a saúde.
Sem pelouros ficam os vereadoresAfonso Jorge da Silva Brandão – (CHEGA), Roberto Cortegano (PPD/PSD – CDS.PP) José Calado – (CHEGA) e Maria Joaquim Antunes (CHEGA)
Na sua intervenção, Ana Teresa Vicente, afirmou que confia que “quem tem pelouros atribuídos correspondam às minhas expetativas porque essa foi a minha escolha. Que sejamos leais uns com os outros. Discussão haverá sempre. Não é pelo facto de uns terem pelouros e outros não que não haverá esse debate”.
A autarca sublinhou ainda que as “nossas funções “são cada vez mais exigentes. São cada vez compostas de áreas mais complexas e os recursos da câmara não são maiores. Todos sabemos e sentimos isso”. No inicio de mandato a autarca enfatizou na importância de todos, “sem exceção, pensarmos um bocadinho sobre a forma como estamos organizados, sobre a forma como estamos a funcionar e, logo que possível, refletirmos, rapidamente, sobre uma estrutura que nos ajude a funcionar melhor com os meios de que dispomos”.