28 Junho 2024, Sexta-feira

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Relatório aponta Montijo como ‘única solução viável’ para novo aeroporto

Relatório aponta Montijo como ‘única solução viável’ para novo aeroporto

Relatório aponta Montijo como ‘única solução viável’ para novo aeroporto

Relatório pedido pelo Governo afirma que BA6 é a única solução para evitar a ruptura da Portela a partir de 2020

A base aérea do Montijo é apontada como a “única solução viável” para instalar um novo aeroporto complementar ao da Portela, em Lisboa, indica um relatório da consultora Roland Berger entregue ao Governo em Dezembro.

O documento afirma que a localização do Montijo é a única solução para evitar a ruptura da Portela a partir de 2020, com base numa “validação de cenários em termos de procura e capacidade da infra-estrutura aeroportuária para Lisboa”, analisando três hipóteses: manter-se a Portela, haver uma “Portela + Montijo” ou um novo aeroporto construído de raiz.

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O relatório, a que o Diário de Notícias teve acesso e divulgou ontem, conclui, no sumário executivo, que “de forma a assegurar uma solução que permita acomodar o crescimento do tráfego no período a partir de 2019-2020 é necessário avançar no imediato para o aprofundamento da solução mais atractiva, “Portela + Montijo”, e garantir o alinhamento dos principais [interessados]”.

As linhas gerais do estudo, que foi encomendado pela Autoridade Nacional da Aviação Civil, são “aprofundar estudos técnicos preliminares e de impacto ambiental existentes, soluções técnicas aeroportuárias e desenvolvimento das acessibilidades, avaliação do impacto da solução “Portela + Montijo” em termos tarifários e contratuais, análise da sua viabilidade económico-financeira e validação da capacidade de mobilização das companhias low cost para o Montijo”.

Num cenário em que se prevê que o tráfego na Portela cresça o dobro (6%) da Europa até 2020, a solução “Portela + Montijo” “deverá permitir acomodar o crescimento de tráfego previsto pelo menos até 2050, desde que assegurado o alargamento e optimização da gestão do espaço aéreo, assim como uma abordagem eficaz à transferência das companhias low cost para o Montijo “, afirma o relatório.

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O alargamento e optimização da gestão do espaço aéreo prendem-se com as necessidades operacionais da Força Aérea no Montijo, onde estão sedeadas as esquadras de transporte (C-130 e C-295) e helicópteros EH101 (busca e salvamento), explica o DN. Já a “abordagem eficaz à transferência das companhias low cost para o Montijo “esbarra na oposição já declarada da Easyjet em deixar a Portela”.

O estudo da Roland Berger indica então que caso seja transferido para o Montijo “parte do tráfego” das companhias low cost a partir de 2020, “a Portela apenas atingirá 30 milhões de pessoas em 2035” (12 anos após a solução” de manter o aeroporto no actual espaço.

A hipótese de manter o aeroporto em Lisboa “não deverá ser viável para além de 2029-2031”, com o aumento da sua capacidade actual, segundo a consultora.

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Caso o Governo optasse por construir um novo aeroporto de raiz na área de Alcochete, obra que teria o custo de 5,4 mil milhões de euros, sem contar com os custos das acessibilidades, e que demoraria uma década, haveria uma “estagnação do tráfego e deterioração da qualidade de serviço da Portela até 2024”.

Segundo o DN, o relatório ressalta que a Portela ficaria “totalmente congestionada ao longo de cinco anos (2020-24). Nesse período, “verificar-se-ia uma perda acumulada de 20 milhões de pessoas” no aeroporto de Lisboa.

 

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