“Certificação foi um processo exigente e com conflitos, mas levado a bom porto” (VIDEO)

“Certificação foi um processo exigente e com conflitos, mas levado a bom porto” (VIDEO)

“Certificação foi um processo exigente e com conflitos, mas levado a bom porto” (VIDEO)

A Enfermeira Coordenadora do Bloco Operatório e do projecto, Dina Clemente, explicou que o processo de certificação foi exigente e teve momentos complicados, mas elogiou o trabalho de toda a equipa para atingir os objectivos.

 

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O que foi preciso fazer no Bloco Operatório para conseguir esta certificação?

Não é num ano, num serviço tão complexo como este, que se fazia, pois este é um trabalho de muitos anos. Estou aqui à frente do bloco deste 2003 e temos feito um processo de evolução de procedimentos, com ferramentas que tornam este serviço bem organizado. Este trabalho tem várias frentes como a formação, integração e conhecimento de todas das especialidades. Desde 2007 iniciamos uma ferramenta muito importante, em que temos tudo informatizado. Esta aplicação foi quase inventada por nós, pois desafiámos os informáticos a desenvolver uma ferramenta para um trabalho que era feito manualmente. Quando em 2015 tivemos este desafio por parte da administração para avançar para a certificação, nós percebemos a complexidade do processo, mas aceitámos. Tínhamos três grandes áreas de trabalho que eram a área do suporte, área assistencial e parte da gestão. Foi um grande trabalho, feito em simultâneo com o trabalho do bloco operatório.

Para o trabalho actual e todas estas alterações vem facilitar o trabalho do Bloco Operatório?

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Aprendemos muito neste processo e tudo facilita. Toda a equipa foi envolvida neste processo e os processos foram uniformizados, o que é muito importante. O Bloco Operatório é um sítio muito fechado e este processo obrigou a relacionar com várias vertentes do hospital.

Todo este trabalho de certificação feito com um bloco sempre a trabalhar. Foi um processo exigente para a equipa?

Foi muito exigente e tivemos até momentos de conflito. Tudo foi levado a bom porto e foi um sucesso, mas foi muito difícil. Foram 1370 documentos submetidos neste processo e isso diz muito sobre o trabalho efectuado. O Conselho de Administração foi exemplar e respondeu sempre. Tínhamos que conseguir atingir todos os objectivos obrigatórios e 70% dos não obrigatórios para conseguir a certificação. A auditoria do processo foi a 02 de Novembro e foi necessário estabilizar quatro standards, pois ninguém é acreditado à primeira, mas em Janeiro pegamos no processo e em duas semanas resolvemos tudo e fomos certificados.

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Todo este trabalho pode ser aplicado em outros hospitais e pode dar bons resultados?

Dá muito trabalho mas é muito importante. É um dinheiro bem empregue.

Quantas pessoas têm o Bloco Operatório e quem participou no projecto?

Temos aqui 44 enfermeiros, 20 auxiliares e um técnico administrativo. Envolvemos no processo a directora do serviço, o director de departamento e a directora da anestesia, porque coabita aqui. Convidámos também alguns médicos dos serviços para participar nos processos. Não aconselho nenhum serviço que não tenha um bom equilíbrio emocional a participar num processo destes.

Mas o processo não se esgota aqui, existe a necessidade de se manter os níveis nesta nova fase?

É uma fase de acompanhamento e de três em três meses vamos enviando as auditorias tal como o previsto, para verem que continuamos a proceder de igual forma. A nossa base de dados vai mesmo ser colocada na plataforma, para que possa ser replicada, pois foi muito elogiada. Vão depois fazer uma visita ao fim de dois anos e é válido por cinco anos.

Este processo pode ajudar a mostrar o trabalho que é feito no Bloco Operatório, numa altura em que os hospitais surgem nas notícias sempre por maus motivos?

Temos elogios e agradecimentos dos doentes. Nós aqui temos a visita pré e pós-operatória. Os enfermeiros visitam os doentes e explicam o que vão aqui encontrar, num projecto importante para os doentes. Também em relação às crianças temos um projecto. Colocamos um carrinho de brinquedos e ajuda à separação dos pais. Depois acordam junto à mãe e ao pai, num espaço dedicado à criança. Este bloco pode não ter 10 coisas, mas tem sempre tudo o que é essencial para tratar o doente, com todas as administrações, num serviço com várias obras de requalificação nos últimos anos.

 

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