26 Junho 2024, Quarta-feira

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Câmara lança concurso para obra da Casa da Música por 991 mil euros

Câmara lança concurso para obra da Casa da Música por 991 mil euros

Câmara lança concurso para obra da Casa da Música por 991 mil euros

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Reunião ficou também marcada por discussão entre Nuno Canta e João Afonso, com os bombeiros e o Centro Hospitalar a dominarem atenções

 

A Câmara Municipal do Montijo vai lançar o concurso público para a construção da Casa da Música Jorge Peixinho pelo valor base de 991 mil euros. A abertura do procedimento concursal foi aprovada, na última quarta-feira, na reunião do executivo camarário com os votos favoráveis de PS e CDU – o vereador do PSD, João Afonso, teve de se ausentar da sessão ainda antes de se entrar na discussão da ordem de trabalhos, pouco antes das 19h30.

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Segundo a autarquia, o investimento “vai permitir a requalificação total do edifício existente na denominada Quinta das Nascentes, alterando o uso para um edifício de equipamento constituído por duas áreas funcionais: a Casa Museu Jorge Peixinho e um auditório polivalente”.

Além da vertente cultural, a Casa da Música Jorge Peixinho “irá contribuir para a agregação dos tecidos urbanos confinantes, incrementando a convivialidade e coesão social, reforçando a relevância local deste património e a sua relação com o desenvolvimento do concelho”, frisa a edilidade, adiantando que irá candidatar o projecto ao Pacto para o Desenvolvimento e Coesão Territorial da Área Metropolitana de Lisboa. A candidatura para o efeito já “está” a ser preparada.

Recorde-se que no mesmo local encontra-se a decorrer a construção do Jardim das Nascentes, empreitada orçada em 1 milhão e 290 mil euros.

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Academia Sénior para Sarilhos Grandes

Com igual sentido de voto foi também aprovado um protocolo de colaboração, entre a Câmara Municipal, a Junta de Sarilhos Grandes, a Associação de Reformados, Pensionistas e Idosos e a Academia Musical União e Trabalho (AMUT), para a instalação da Academia Sénior da referida freguesia.

O acordo visa “efectivar o funcionamento da Academia Sénior e as responsabilidades de cada entidade”, explica o município.

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“A Câmara ficará responsável pela coordenação do projecto, a junta de freguesia irá realizar acções de acompanhamento psicossocial e de formação na área da informática; a associação de reformados vai ceder o seu espaço e assegurar actividades nas áreas da psicomotricidade, artes, voluntariado; e a AMUT contribuirá com acções no âmbito da música, dança e teatro.”

De acordo com a edilidade, a Academia Sénior de Sarilhos Grandes deverá estar “instalada e em funcionamento no decurso do ano de 2020”.

O município viu, de resto, ser aprovada uma candidatura que efectuou ao Programa Operacional Regional de Lisboa 2020 para a instalação da referida academia sénior, que irá juntar-se às duas outras academias seniores já existentes no concelho, a de Pegões e Canha e a da Atalaia e Alto Estanqueiro-Jardia.

Bombeiros em discussão

No período antes da ordem do dia, os ânimos estiveram ao rubro. Nuno Canta, presidente da autarquia, depois de lembrar a classificação do município montijense como o melhor do distrito de Setúbal e o terceiro melhor entre os municípios de média dimensão no País, de acordo com o anuário financeiro divulgado pela Ordem dos Contabilistas Certificados, apresentou respostas às questões levantadas pelo vereador João Afonso em torno da actual situação dos Bombeiros do Montijo.

O social-democrata havia afirmado na reunião anterior que na corporação houve quem admitisse que “existem pessoas a morrer todos os dias no Montijo por falta de capacidade operacional” da unidade. Além disso, o vereador apontou que a associação teve um défice de cerca de 130 mil euros nas contas de 2018 e que perdeu a oportunidade de beneficiar de um financiamento de meio milhão de euros para obras de requalificação do quartel, por não ter sido apresentada uma candidatura a fundos comunitários para o efeito.

O presidente da autarquia lembrou os apoios que têm sido dados à corporação e que têm vindo a crescer ano após ano, ao mesmo tempo que acusou o social-democrata de ter feito “uma novela política e especulativa” que só veio descredibilizar os bombeiros. Nuno Canta defendeu que não houve qualquer candidatura falhada para requalificação do quartel porque a mesma “nunca existiu”. E quanto ao défice dos bombeiros, argumentou que, após ter reunido com a direcção e o comando da corporação, o montante de 130 mil euros respeita a um investimento que será necessário fazer no futuro, para aumentar a capacidade de resposta da unidade, desde logo com a vinda do aeroporto para o Montijo.

João Afonso rejeitou a explicação acenando três vezes com o relatório e contas de 2018 da associação dos bombeiros, onde, frisou, consta o défice.

Já Carlos Jorge de Almeida, vereador da CDU, considerou que a afirmação de que há pessoas que morrem por falta de capacidade operacional não poderá ficar esquecida. “Proferir uma afirmação deste peso é muito grave. Queremos ver onde isto vai parar”, disse.

Centro Hospitalar no “olho do furacão”

Antes, a propósito da votação de uma saudação pelo 10.º aniversário do Centro Hospitalar Barreiro Montijo, João Afonso criticou Nuno Canta por este não reivindicar melhores condições para a unidade hospitalar montijense e, ao invés, andar “a soprar bolinhos com velinhas com os Batucando atrás”. O social-democrata considerou que o socialista deveria ter aproveitado a oportunidade para exigir o cumprimento do protocolo referente à criação do centro hospitalar que, revelou, apresenta um défice de 42 milhões de euros, 16 dos quais registados apenas no exercício de 2018.

“O presidente da Câmara não é mal educado. Utilizar a celebração de um aniversário para fazer um discurso de reivindicação, não faço. Fazemos nas reuniões em privado, com as instituições que temos de fazer, não andamos a fazer folclore político”, vincou Nuno Canta, com João Afonso a retorquir: “O senhor é que anda na rua com os Batucando atrás e eu é que faço folclore político?”

A concluir, o presidente da autarquia sublinhou que os Batucando foram convidados a actuar pela administração do Centro Hospitalar e que a situação da unidade de saúde é o reflexo do que se passa com todas as outras no País.

 

Armazém da SANFER já é do município

O antigo armazém da SANFER já passou para a posse da Câmara Municipal do Montijo. O imóvel, localizado na Rua da Bela Vista, junto às oficinas municipais, foi adquirido por 27 mil euros e a escritura foi assinada, em Lisboa, na passada segunda-feira, confirmou Nuno Canta a O SETUBALENSE.

A aquisição teve contornos idênticos à da compra da antiga fábrica do Izidoro e representa, igualmente, um negócio por um montante significativamente inferior ao valor estimado de mercado do imóvel.

Embora ainda não esteja definido, o espaço deverá vir a ser utilizado para uma de duas finalidades: “Ou para a instalação de serviços municipais ou para a criação de um equipamento cultural, para artistas”, adiantou o autarca.

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