20 Maio 2024, Segunda-feira

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Mascarenhas-Martins diz que João Afonso é ignorante no domínio das artes

Mascarenhas-Martins diz que João Afonso é ignorante no domínio das artes

Mascarenhas-Martins diz que João Afonso é ignorante no domínio das artes

Levi Martins considera que a existência de uma programação cultural regular no concelho devia ser comemorada por todos

 

“O vereador João Afonso ignora a realidade do País, no que diz respeito ao financiamento às artes, aos seus objectivos e ao funcionamento das companhias”. É assim que Levi Martins, responsável da Mascarenhas-Martins, começa por reagir às críticas de que a companhia foi alvo por parte do social-democrata e da comissão política local do partido laranja.

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Em causa está um apoio financeiro de 440 mil euros, para o triénio 2024-2026, que a Câmara Municipal decidiu, no passado dia 2, atribuir à companhia que gere a programação da Casa da Música Jorge Peixinho. E ao qual se soma um financiamento de 720 mil euros conseguido pela Mascarenhas-Martins, para o quadriénio 2023-2026, no âmbito de uma candidatura apresentada à Direcção-Geral das Artes. Os social-democratas consideraram o apoio camarário “escandaloso” e acusaram a companhia de ser um “sorvedouro de dinheiros públicos” e de ser incapaz de criar novos públicos.

“Se João Afonso for ver um pouco por todo o País, então, na perspectiva dele, todas as companhias são sorvedouros de dinheiros públicos, porque o objectivo das companhias não é fazer receita, mas, sim, serem parceiras, neste caso, do Estado e das autarquias para fazerem um trabalho que não é possível fazer do ponto de vista comercial”, diz Levi Martins, que questiona o vereador do PSD sobre os novos públicos. “Quais são as fontes do senhor vereador para analisar isso sem dados? É que nunca vi o senhor vereador, nem ninguém da actual comissão política do PSD, na Casa da Música. Nem tão-pouco nas nossas actividades ao longo de 2023.”

“Eu tenho visto, invariavelmente, pessoas que nunca tinham ido aos nossos espectáculos no Cinema Teatro Joaquim d’ Almeida, pessoas que nos dizem estar satisfeitas pela existência deste novo espaço [Casa da Música]. Se isto não é criar novos públicos…”, defende Levi Martins, antes de voltar aos apoios financeiros. “É de salutar um momento em que é feito um acordo que garante programação cultural regular, que garante um investimento do Estado ao longo deste quadriénio, o que pressupõe a existência de um espaço de apresentações que nós gerimos. Tal como acontece noutras regiões. Portanto, acho é que devíamos estar todos a comemorar”, atira.

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“O apoio da Câmara do Montijo não é, de todo, inédito no País. E é bastante mais baixo do que em muitos outros locais. Mas não estou a desvalorizá-lo. Este apoio começa a estar próximo daquilo que é viável para contratar pessoas, pagarmos imensos cachets [a artistas] e despesas inerentes ao funcionamento de qualquer programação. E criamos empregabilidade para muitas pessoas”, lembra o responsável. “[João Afonso] Parte do pressuposto que representa a maioria da população e que essa maioria não valoriza a cultura”, sublinha, a finalizar.

Apoio PSD pede constituição de comissão à Assembleia Municipal

O PSD vai solicitar à Assembleia Municipal do Montijo que constitua uma comissão “para apurar os factos e a verdade e as decorrentes responsabilidades dos decisores políticos” em torno dos apoios concedidos pela Câmara Municipal à Mascarenhas-Martins. A decisão foi ontem anunciada pela comissão política da secção social-democrata do Montijo, em comunicado. “A referida companhia beneficia, injustificadamente, do maior apoio da história, nenhuma outra associação montijense alguma vez foi bafejada com tamanho privilégio”, considera o PSD. “Estamos na presença de um negócio fantástico para a companhia e ruinoso para os montijenses”, conclui.

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