Um homem e duas mulheres, com idades entre os 47 e os 61 anos, foram detidos no Montijo por suspeita da prática de crimes de burla e falsificação de documentos ao longo de nove anos, anunciou hoje a Polícia Judiciária (PJ). Terão montado uma complexa teia empresarial, com ramificações de actuação no estrangeiro, para se apropriarem de alguns dos clientes, contratos e negócios. O esquema terá rendido valores que rondam os seis milhões de euros.
“A Polícia Judiciária, através do Departamento de Investigação Criminal de Setúbal, localizou, identificou e deteve um homem e duas mulheres, com idades entre os 47 e os 61 anos, por sobre eles recaírem fortes suspeitas da prática dos crimes de burla qualificada e falsificação de documentos. Os factos ocorreram na zona do Montijo e reportam-se a um período compreendido entre 2007 a 2015”, revelou a PJ.
Segundo a investigação, no âmbito da denominada Operação ‘Player’ levada a efeito pela PJ, “os detidos aproveitaram-se do cargo de director-geral que um deles exercia numa sociedade comercial lesada, para montar uma complexa teia empresarial através da qual, numa actuação com cariz transnacional, lograram apropriar-se de alguns dos seus clientes, contratos e negócios, além de lhe imputarem custos próprios e cobrarem serviços não prestados”.
De acordo com o comunicado da polícia, procedendo dessa forma, “os presumíveis autores vieram a locupletar-se com valores que rondam os seis milhões de euros, correspondentes ao prejuízo causado”.
Os detidos serão hoje presentes a primeiro interrogatório judicial, no qual serão sujeitos à aplicação das medidas de coacção processual tidas por adequadas.