Director de escola da Moita onde ocorreu episódio de violência defende revisão do estatuto do aluno

Director de escola da Moita onde ocorreu episódio de violência defende revisão do estatuto do aluno

Director de escola da Moita onde ocorreu episódio de violência defende revisão do estatuto do aluno

Em Janeiro, um aluno de 14 anos, do espectro do autismo, foi agredido por outro, tendo o episódio sido filmado e divulgado nas redes sociais

O director da Escola Básica 2/3 Fragata do Tejo, na Moita, onde ocorreu um episódio de violência em Janeiro, defendeu esta segunda-feira a revisão do estatuto do aluno, publicado em 2012, por considerar que deve acompanhar a evolução da sociedade.

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“A autoridade legislativa é cedida a quem tem o poder através dos normativos legais e acho que está na altura de rever o estatuto do aluno, a lei 51. Dez, doze ou treze anos depois é muito tempo e a sociedade não para”, disse o director da Escola Básica 2/3 Fragata do Tejo, Manuel João Veva.

O Estatuto do Aluno e Ética Escolar, estabelece os direitos e os deveres do aluno dos ensinos básico e secundário e o compromisso dos pais ou encarregados de educação e dos restantes membros da comunidade educativa na sua educação e formação.

Manuel João Veva falava na comissão parlamentar de Educação sobre a situação de violência ocorrida na Escola Básica 2/3 Fragata do Tejo, por requerimento do partido Chega, tendo também sido ouvida a associação de pais.

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Em Janeiro, um aluno de 14 anos, do espectro do autismo, foi agredido por outro, tendo o episódio sido filmado e divulgado nas redes sociais.

Esta segunda-feira, Manuel Joao Veva disse aos deputados que o caso ocorreu no espaço exterior da escola, durante o período de almoço, e que tomou medidas de imediato quando teve conhecimento da situação, suspendendo preventivamente por 10 dias o aluno agressor, o máximo que o estatuto do aluno prevê.

“Instaurei um procedimento disciplinar ao aluno de acordo com a lei 51, outros instrumentos não tenho”, disse adiantando também que o caso foi comunicado à Comissão de Crianças e Jovens em Risco e que “os alunos que assistiram à agressão e nada fizeram, “limitando-se a filmar”, foram identificados.

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O director da escola considerou, contudo, que a punição não resolve os problemas e tem apenas efeito na hora, defendendo assim uma intervenção mais completa, envolvendo todos os parceiros educativos.

Aos deputados, o responsável referiu ainda que, após o caso ocorrido em Janeiro, foi solicitada uma maior vigilância física por parte da GNR na área da escola, o que já está a acontecer.

Na comissão parlamentar, tanto Manuel João Veva, como a associação de pais, classificaram como importante para o bom funcionamento da escola a melhoria do rácio de auxiliares de acção educativa.

“Há três anos, desde que a autarquia assumiu a delegação de competências na área da educação, que não temos o rácio completo”, disse o director, adiantando que o facto de os alunos terem a percepção de que a vigilância é pouca leva a um sentimento de impunidade, por considerarem que não são observados por ninguém.

“Não podemos dissociar uma situação da outra”, salientou.

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