27 Junho 2024, Quinta-feira

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Deputada Municipal anuncia quebra com PAN após polémica com comunidade cigana

Deputada Municipal anuncia quebra com PAN após polémica com comunidade cigana

Deputada Municipal anuncia quebra com PAN após polémica com comunidade cigana

Ainda hoje Fátima Dâmaso aguarda que os maus-tratos animais levados a Assembleia Municipal em Junho sejam investigados

 

Fátima Dâmaso, deputada na Assembleia Municipal da Moita anuncia que deixa de representar o PAN no exercício das suas funções, passando a integrar este órgão como independente.

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A decisão da deputada surge no seguimento daquilo que considera ter sido “a falta de apoio sentida dentro do partido, aquando da situação que envolveu uma exposição sobre maus-tratos animais no concelho da Moita, cometidos pela comunidade cigana ali residente”.

Em comunicado oficial a deputada declara, “a todos aqueles que em 2017 me confiaram o cargo que tenho vindo a desempenhar na Assembleia Municipal da Moita, a todos os que me defenderam e compreenderam, venho por este meio comunicar que, analisando e ponderando sobre o acontecido e achando que não fui tratada com a justiça necessária pelo PAN, partido ao qual pertencia, resolvi desfiliar-me do mesmo e continuar como independente até ao final do mandato, cumprindo assim a missão que me foi generosamente concedida”.

A O SETUBALENSE, Fátima Dâmaso afirma-se “desiludida com a falta de apoio” e acusa que, “ao longo dos últimos anos o PAN prece ter mudado a sua denominação. Agora dedica-se a defender minorias”.

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Quanto à sua decisão, “foi tomada em definitivo agora porque após as eleições [Legislativas] ia ser convidada a sair”.

Em contacto com o PAN, no sentido de obter declarações sobre o cessar de funções de Fátima Dâmaso, o partido assumiu a O SETUBALENSE que, “não tem nada a declarar”.

 

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Palavras erradas no lugar que seria certo

 

Na origem deste desfecho está a proposta da deputada municipal sobre maus-tratos a animais na Moita, apresentada a 24 de Junho na Assembleia Municipal da Moita.

Fátima Dâmaso queria alertar para a “indignidade” com que alguns cavalos eram tratados, estando aos cuidados da comunidade cigana, no entanto, no seu discurso começou mal.

“Aqui na Moita verifica-se que existe uma etnia que se multiplicou e que todos os dias se passeiam pela Moita e arredores, empilhados em cima de carroças, puxadas por um único cavalo subnutrido, espancado, a desfazer-se em diarreias por não ser abeberado e alimentado sequer e que por vezes caem na via pública, não suportando mais…”.

Perante estes termos Fátima Dâmaso foi levada a retirar a recomendação. O lugar era certo, mas as palavras foram “erradas”.

“No próprio momento em que pronunciei a minha recomendação tive a noção que estas não eram melhores palavras. E quando tudo se tornou público pedi desculpa à comunidade cigana. Para além do meu erro, que assumo, o que me dói é que a situação dos animais deveria ter sido averiguada e até agora parece que nada foi feito, pelos animais ou para dar mais condições a quem cuida deles. Afinal estamos a falar de cuidados dispendiosos”.

Fátima Dâmaso vai ainda mais longe e classifica, “ser criticada pela minha intervenção e ver que depois, ao longo destes meses nada foi feito por estes animais é como assistir a uma violação, classificar o acto e depois ainda ser processada pelo violador por ofensas, passando o acusado a vítima”.

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