Autarca socialista diz que em 2023 vai arrancar a construção do novo canil e dos passadiços do Gaio e concluídas outras obras, como o Parque da Caldeira, na Fonte Prata, ou o centro de saúde e o Pavilhão Desportivo da Escola Secundária, na Baixa da Banheira
Pouco mais de um ano depois de ser eleito, o presidente da Câmara Municipal da Moita diz que o ano de 2022 foi de avaliação de projectos e de decisões sobre problemas pendentes, como o resgate da obra de construção do Centro de Saúde da Baixa da Banheira.
Sobre a governabilidade do município, em que o executivo PS tem o mesmo número de mandatos que a CDU, deixando ao vereador eleito pelo Chega (que entretanto passou a independente) o papel de “fiel da balança”, Carlos Albino diz que as decisões são tomadas a pensar na população e que a oposição também tem essa preocupação.
O que destaca da actividade municipal em 2022?
O ano de 2022 foi um ano de muito trabalho. Foi necessário avaliar os projectos que estavam pendentes e tomar algumas decisões, como foi o caso de Centro de Saúde da Baixa da Banheira e pensar em novos projectos que consideramos serem necessários para que o nosso concelho atinja o nível de qualidade que pretendemos.
O seu executivo não tem maioria absoluta. Sente que tem tido condições para governar como pretende?
Nós governamos para a população e quando pensamos em algum projecto, obra, iniciativa ou acção, é somente a comunidade que temos em mente. As propostas que apresentamos são aquelas que achamos estritamente necessárias para melhorar a resposta aos cidadãos e consideramos que a nossa oposição tem isso em conta.
Uma das decisões que o município tomou foi abandonar a Associação de Municípios da Região de Setúbal (AMRS). Porquê?
Porque consideramos que o valor anual pago pelo município à associação, cerca de 225 mil euros, é muito elevado para financiar um modelo que, no nosso entender, tem um retorno reduzido para os municípios associados.
Essa opção não enfraquece a região?
Não duvidamos que a AMRS tenha sido, na sua génese, um bom projecto, mas, actualmente, consideramos que já não acrescenta valor para o nosso concelho. Estamos a trabalhar, junto da Área Metropolitana de Lisboa (AML), na capacitação de recursos e financiamento para projectos que impactem a população.
O que perspectiva para este ano de 2023?
O ano de 2023 vai ser o da concretização, efectiva, de alguns projectos que, no ano, passado começámos a desenvolver. É o caso do Centro de Recolha Oficial de Animais Errantes (CROAE), que irá avançar em breve, do Parque da Caldeira, na zona da fonte Prata, um projecto integrado na candidatura às Comunidades em Acção, assim como o Pavilhão Desportivo da Escola Secundária da Baixa da Banheira. Este ano, contamos também, ter concluída a obra da Unidade de Saúde Familiar da Baixa da Banheira até ao final do ano. Um projecto ambicioso e que também pretendemos ver a andar ainda este ano, são os passadiços do Gaio, um investimento que irá dar aquela belíssima zona um encanto ainda mais especial.
Quero ainda referir, um projecto importantíssimo e que vai causar grande impacto na vida das pessoas que é a substituição das condutas adutoras da rede de abastecimento de água, já numa primeira fase na Fonte da Prata e em Sarilhos Pequenos e em fases posteriores em outros locais do concelho. As condutas da nossa rede de abastecimento de água têm 50 anos e foram sistematicamente “remendadas” o que tem causado grandes transtornos à população. Por isso, iremos fazer um grande investimento nessa área.