19 Maio 2024, Domingo

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Banda Filarmónica da Moita é das mais jovens em Portugal

Banda Filarmónica da Moita é das mais jovens em Portugal

Banda Filarmónica da Moita é das mais jovens em Portugal

Formação assinala 3º aniversário no final deste mês

 

A Banda Filarmónica da Moita, fundada a 31 de Janeiro, completa em breve o seu terceiro aniversário, contudo, este ano a data não poderá ser devidamente assinalada com um evento na sequência da crise pandémica. Orlanda Barros, presidente da direcção daquele conjunto filarmónico, recorda a O SETUBALENSE que este “foi um projecto impulsionado pela junta de freguesia” e que, desde então, “tem sido muito gratificante fazer algo que é bastante acarinhado por toda a população do concelho”, sublinha.

A responsável destaca o facto do próprio presidente integrar o conjunto de 30 elementos – com idades entre os 9 e os 60 anos – que, presentemente, fazem parte daquele grupo. De acordo com o autarca moitense, João Miguel, que nas horas livres se dedica à arte de tocar clarinete e, em contra-ciclo, “a Banda Filarmónica da Moita é a mais jovem de Portugal”, afirmando “desconhecer a existência de uma que tenha sido formada nos últimos tempos”.
Após agarrar o desafio de participar nesta filarmónica, o presidente/músico considera que, cada vez mais, é possível encontrar “jovens a gostarem de bandas, até porque também podem tocar outro tipo de músicas nestas formações”, tais como covers e medleys, tendo a banda iniciado a sua actividade nas antigas instalações da junta, que neste momento, passou a ser a sua sede oficial, assumindo desta forma um novo encargo financeiro.

Orlando Barros lembra ainda que em tempos “existiam duas bandas na vila que, entretanto, acabaram, mas a população sempre foi muito receptiva à ideia da filarmonia”. Por essa razão, “fomos ao encontro do desejo das pessoas, com a criação de raiz desta formação, com todas as dificuldades inerentes a este processo, recorrendo a músicos da terra e a outros que inicialmente vieram nos ajudar”, frisou.

O projecto tem estado “a correr bem, mas o contexto actual da pandemia não é nada favorável para que a banda possa estar nas ruas, junto das pessoas e a participar em desfiles e concertos”, destaca, recordando que à semelhança de 2020, no presente ano “já tínhamos um plano de actividades muito preenchido, mas que sabemos que não será possível concretizar”, lamenta.

Apoio das autarquias e do comércio local é essencial

O ano passado, a filarmónica só conseguiu realizar dois serviços, casos da celebração do seu 2º aniversário, com um concerto na Biblioteca Municipal, e a 5 de Outubro, em Alhos Vedros, nas comemorações do centenário do Coreto da Praça da República, onde também esteve presente, numa actuação que a responsável classifica ter sido um “êxito, dado que sempre que saímos para a rua toda a gente nos acarinha”, afirma com orgulho.

Actualmente, o conjunto tem a funcionar uma escola de música, com aulas de iniciação musical em solfejo e percussão, com os professores André Barranco e Catarina Ratão, e de instrumento com o maestro David Correia, que também acarretam mais despesas, além do próprio fardamento dos músicos.

A dirigente reforça o “apoio dado pelas autarquias, quer do município da Moita como de todas as juntas de freguesia do concelho”. Para manter em funcionamento a banda, são necessários anualmente cerca de oito mil euros, com o comércio local a apoiar o projecto concelhio com a oferta de instrumentos, que são “caros e fundamentais à sua existência”.

Vila esteve sem banda durante 36 anos

Com uma forte tradição em bandas de música, que assumiram grande protagonismo quer no meio rural como urbano, em diversas festividades e comemorações, a inexistência de um conjunto similar desde há 36 anos na freguesia, foi um dos factores que estiveram na origem da Banda Filarmónica da Moita.

Recorde-se que em Outubro de 1869, um grupo de populares criou a Banda da Sociedade Filarmónica Estrela Moitense, extinta na década de 1940. Em Maio de 1928 nascia uma segunda formação na Sociedade Filarmónica Capricho Moitense que, com uma longa história de suspensões e recomeços, viria a desaparecer em 1981, tendo ambas ocupado “um lugar de grande importância marcando presença nos eventos abertos à população” da vila.

Finalmente e decorridos 36 anos, a junta, consciente do papel e importância da filarmonia e a par das vontades manifestadas por várias pessoas da localidade, decide impulsionar a criação de uma nova banda, a 31 de Janeiro de 2018, com o seu primeiro ensaio a decorrer nas instalações da Estrela Moitense.

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