Apurou a coordenadora das comissões que, ao nível do Serviço Nacional de Saúde, “há cerca de 25 mil utentes sem médico de família”

A Coordenadora das Comissões de Utentes do Litoral Alentejano vai enviar uma comunicação ao Ministério das Infraestruturas a exigir que intervenha para melhorar os serviços públicos nesta região, documento que foi decidido após reunião entre todas as comissões de utentes deste território para avaliar a situação destes mesmos serviços públicos. Conclusão esta que vai ser dada a conhecer à população através da distribuição de um folheto.  

Apurou a coordenadora das comissões que, ao nível do Serviço Nacional de Saúde, “há cerca de 25 mil utentes sem médico de família”, e que “três médicos de medicina geral e familiar do Centro de Saúde de Grândola, vão reformar-se até ao final do ano”, e com isto vão “agravar-se ainda mais a dificuldade em obter consultas”, uma vez que “há utentes que só têm consultas médicas uma vez por mês, como é o caso da localidade de Canal Caveira”, situação que este organismo considera “inadmissível”.

Foi ainda observado que as obras no Centro de Saúde de Grândola, “estão a decorrer de forma muito lentamente, o que está a gerar muita contestação”. E em Alcácer do Sal, o Centro de Saúde, “está à espera de obras à mais de um ano, e com o Estaleiro já montado”.

No caso do Hospital do Litoral Alentejano, quando construído, foi projetado com um espaço para maternidade, “mas nunca houve vontade política, por parte dos diversos governos, para a concretizar”.

Devido à inexistência de maternidade neste hospital, os utentes do Litoral Alentejano “são contra o encerramento das maternidades do Hospital São Bernardo, em Setúbal, e também no Hospital Nossa Senhora do Rosário no Barreiro”, refere Coordenadora das Comissões de Utentes do Litoral Alentejano, em nota de Imprensa.

Ao nível das acessibilidades, na reunião entre comissões de utentes concluiu exigir ao Governo que intervenha nas estradas em “péssimo estado”, como é o caso do Itinerário Complementar n.°1 (IC1) em Alcácer do Sal, a Estrada Nacional n.º 261 na Comporta – Melides, Estrada Nacional n.º 253 na Comporta – Montemor o Novo, Estrada Nacional n.º 120 entre Cruz de João Mendes e Tanganheira, Estrada Nacional n.º 390 de Abela a São Domingos e Estrada Nacional n.º 262 Cercal do Alentejo – Bicos.

Relativamente aos transportes, consideram que a estação de Comboios de Grândola não oferece o mínimo de condições aos utentes, porque “os bancos estão degradados, não tem casas de banho e não tem bilheteira”.

Sobre diversos Serviços Públicos é apontado o Serviço de Finanças de Grândola que “não tem tesouraria”, assim, caso o utente necessite desse serviço “tem que deslocar-se a Santiago do Cacém, que por sua vez, só funciona um dia por semana” Além disso os diversos Serviços de Finanças e os Registos Civis desta Região “têm falta de trabalhadores”.

Além de comunicar ao Governo este leque de casos que pretendem ver resolvidos, a Comissão de Utentes dos Serviços Públicos do Concelho de Grândola, vai realizar um abaixo-assinado pela reparação e melhorias na estação dos Comboios de Grândola.

No caso do concelho de Santiago do Cacém, vai ser entregue Presidente da República, primeiro-ministro, ministro das Infraestruturas, entre outras entidades, um abaixo-assinado com mais de mil assinaturas, para exigir a reparação das diversas Estradas neste Concelho.

Adianta ainda a Coordenadora das Comissões de Utentes do Litoral Alentejano que vai solicitar reuniões aos diversos Ministérios, pela defesa e valorização dos Serviços Públicos.