Empresa pede para que evitem carreiras entre as 8 e as 9h00. Hoje, uma mulher desmaiou, outros passageiros ficaram magoados e vários sentiram-se mal, quando muitos forçaram a entrada na zona de embarque
A administração da Soflusa apelou aos passageiros para evitarem as deslocações entre as 8h00 e as 9h00, período durante o qual se verificaram, nesta terça-feira, 10, vários incidentes no cais do Barreiro.
“Fazemos um apelo aos passageiros para tentarem coordenar as deslocações, para não haver um tão grande aglomerado de pessoas àquela hora”, disse a administradora da empresa de transporte fluvial, Marina Ferreira. A empresa fez este apelo, em conferência de Imprensa, em Lisboa, depois de várias pessoas terem tentado forçar a entrada na zona de embarque.
Segundo a responsável, houve várias pessoas que se sentiram mal, uma mulher desmaiou e outros utentes magoaram-se na sequência de tentativas de forçar a entrada de acesso ao barco, tendo mesmo partido uma porta.
“Felizmente, não aconteceu nada de grave, mas é uma preocupação para a empresa porque é uma questão de segurança dos passageiros”, declarou.
O apelo é para que os passageiros tentem fazer as deslocações entre o Barreiro e Lisboa antes das 8h00 e depois das 9h00, para evitar que fiquem aglomeradas 1 500 pessoas numa sala de espera, quando não é possível assegurar todas as ligações previstas. “Basta falhar um barco e nós falhámos dois”, justificou. Cada barco, precisou, tem capacidade para 600 pessoas. Estavam previstas nove carreiras entre as 8h00 e as 9h00 e circularam sete, quando se verificaram os incidentes. Entre as 6h00 e as 09h00 estavam previstas 20 ligações e foram cumpridas 17.
A frota da transportadora é composta por oito navios, mas apenas quatro estão a funcionar, porque os restantes não reúnem as condições necessárias. Marina Ferreira salientou que as restrições orçamentais dos últimos anos impediram a regular manutenção dos barcos, que está agora a ser feita. Na segunda-feira, a Soflusa suprimiu oito carreiras durante a hora de ponta da manhã.
A empresa é responsável pelas ligações entre o Barreiro e Lisboa, enquanto a Transtejo faz as ligações do Seixal, Montijo, Cacilhas e Trafaria/Porto Brandão com a capital.