Lançamento do Catálogo da Exposição “O Regresso das Bandeiras” com casa cheia

Lançamento do Catálogo da Exposição “O Regresso das Bandeiras” com casa cheia

Lançamento do Catálogo da Exposição “O Regresso das Bandeiras” com casa cheia

O Espaço Memória encheu para o lançamento do Catálogo da Exposição “O Regresso das Bandeiras” e assinatura do protocolo entre o Município do Barreiro e a União de Resistentes Antifascistas Portugueses (URAP), com vista a prosseguir o estudo das lutas de resistência antifascista no Barreiro.

Refere o texto do protocolo que “o Município do Barreiro tem vindo a desenvolver um percurso de homenagem ao Barreiro e aos barreirenses que, durante os 48 anos de ditadura fascista (1926-1974), foram vítimas de perseguição, prisão, tortura e deportação e que com o seu esforço deram um contributo inestimável para a conquista da liberdade e da democracia no nosso País”.

No âmbito do “desenvolvimento de políticas públicas da memória, designadamente contribuindo para a valorização e reparação da memória das lutas de resistência antifascista, elemento intrínseco à identidade e memória colectiva barreirense”, Autarquia e URAP “consideram de muito interesse promover o reforço de cooperação cultural e humana sobre o tema da resistência, recordando todos os que lutaram por um País mais livre e democrático”.

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A cerimónia iniciou com uma performance dos alunos do 10º ano da Escola Profissional Bento de Jesus Caraça, acompanhados pelos professores Luís Dias e Joana Pimpista, e a visita à Exposição “O Regresso das Bandeiras”.

O Director do Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Silvestre Lacerda, felicitou a Autarquia pela edição do catálogo sobre a mostra. “Os catálogos são as evidências das exposições, são um documento que fica para a posteridade, que fica como memória das nossas actividades”, referiu.

Silvestre Lacerda realçou a importância de “ouvir várias vozes” para a construção da memória. “É importante ter a perspectiva daqueles que enfrentaram o poder e que são a larga maioria da população. À custa deste esforço de memória é que vão tendo voz“, referiu, salientando em relação à iniciativa que “estamos perante um ato de memória e de perenidade que vai perspectivar o futuro, de maneira que seja mais plural e livre”.

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O representante da URAP, José Pedro Soares, lembrou algumas ‘ameaças’ à Democracia e à Liberdade no mundo actual e salientou a importância das novas gerações saberem “o que custou a Liberdade. No tempo presente, é importante que seja a Democracia a vencer”, salientando que “a luta continua agora perante as desigualdades”.

Lembrou, emocionado, que “o fascismo em Portugal foi muito duro” e recordou o nome de vários resistentes.

Carlos Humberto, Presidente da Câmara Municipal do Barreiro, considera que a realização da exposição e, agora, a edição do Catálogo e a assinatura de protocolo com a URAP são o cumprimento de “uma obrigação, um dever, uma homenagem à nossa Terra que tanto admiramos. O Barreiro não esquece o terror do período de ditadura e os que lutaram pela Liberdade, Democracia e pelo futuro”. Neste sentido, “O Regresso das Bandeiras” visa homenagear e destacar todos os que lutaram. “É função dos poderes públicos preservar essa memória”, considera.

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“Queremos assumidamente tomar partido pela Democracia, pela Liberdade”, salientou o Autarca, considerando que “é preciso não desistir, é necessário definir estratégias de defesa dos direitos e da Liberdade, semear a esperança, construir um tempo novo. Os povos merecem bem-estar, desenvolvimento, paz e Liberdade”.

O Catálogo está à venda, no Espaço Memória e outros equipamentos municipais, por 7,50€.

A exposição pode ser visitada, gratuitamente, de 3ª feira a sábado, das 10h00 às 13h00 e das 14h00 às 18h00, até ao final do ano de 2016.

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