“A imagem das IPSS e o impacto na opinião pública” é o tema da primeira de cinco sessões que vão decorrer ao longo do ano 

A NÓS – Associação de Pais e Técnicos para a Integração do Deficiente vai promover ao longo deste ano um ciclo de cinco conversas sobre “desafios e mudanças no sector social”. A primeira, subordinada ao tema “A imagem das IPSS e o impacto na opinião pública”, vai decorrer já no próximo dia 30, na StartUp Barreiro (ver caixa).

Para Humberto Candeias, director técnico da NÓS, “este tipo de encontros é indispensável para todas as organizações que querem pensar de uma forma estratégica”. A importância do ciclo “Conversas com Impacto” foi assim salientada pelo responsável, durante a apresentação da iniciativa que teve lugar na manhã da passada segunda-feira.

“A perspectiva dos stakeholders, não só os que lidam directamente connosco, mas também aqueles que estão na comunidade e que são fundamentais para o desenvolvimento da actividade do sector social, é muito importante. As organizações têm esta necessidade, embora muitas vezes não o sintam, de ter a visão do exterior sobre elas próprias, para reflectirem em conjunto sobre isso”, considerou.

E reforçou de seguida: “Este ciclo de conversas é uma das formas de conseguirmos posicionar-nos e reflectirmos com os parceiros com que trabalhamos e precisamos de trabalhar. Esta é uma forma de ganharmos consciência sobre como as pessoas e os parceiros nos vêem, enquanto instituições, e do trabalho que fazemos. E também de perceber o que precisamos de fazer para corrigirmos as nossas perspectivas.” 

Equilibrar a balança 

Além disso, no seio da associação sente-se a necessidade de “equilibrar um pouco a balança do que é a visão das instituições, que têm um papel importantíssimo na comunidade, enquanto braço direito do Estado”, complementou Ana Lourenço, responsável pela comunicação da NÓS, numa alusão a alguns episódios menos abonatórios que têm marcado, nos últimos tempos, a vida de algumas associações que actuam nesta área.

“Queremos dar a entender que o sector social não é o sector dos ‘coitadinhos’. Que também se trabalha com profissionalismo, também se trabalha em prol de objectivos e queremos fazer melhor para a instituição e para este sector”, frisou. Depois do arranque no próximo dia 30, as ‘Conversas com Impacto’ prosseguem nos meses de Abril, Junho e Setembro, estando a quinta e última acção da iniciativa prevista para Dezembro.

Apesar de os programas não estarem ainda completamente fechados, os temas das próximas quatro conversas estão já pensados. A saber: “Burnout: sinais de alerta para a mudança”, que vai contar com moderação da apresentadora barreirense de televisão, Fátima Lopes; “Associativismo, voluntariado e boa vontade: que futuro existe?”; “Crise económica e social: qual o papel das instituições e os seus desafios?”; e “A responsabilidade social das empresas: práticas com impacto”.

A sessão de apresentação deste ciclo de eventos contou ainda com as presenças de Ana Vanessa Veiga e Susana Neves, trabalhadoras da NÓS e membros do grupo de trabalho – composto por psicólogos, educadores, pessoas da área da comunicação, assistentes pessoais – que pensou toda a planificação da iniciativa.

A Associação NÓS, que tem como objectivo principal trabalhar na inclusão social de pessoas com deficiência, foi fundada em 1982 por um grupo de pais de crianças e jovens com deficiência. 

Abertura Primeira sessão apresenta painel de cinco 

A primeira sessão do ciclo de conversas vai debruçar- -se sobre “A imagem das IPSS e o impacto na opinião pública” e será moderada pela jornalista barreirense Catarina Neves. Integram o painel de oradores a professora Helena Albuquerque, presidente da direcção da Humanitas – Federação Portuguesa para a Deficiência Mental, Ricardo Agostinho, sócio proprietário da Gravity, empresa vocacionada para o marketing e a criatividade, Linda Morango, directora de marketing e de angariação de fundos da Fundação Ajuda em Acção Portugal & Fundadora Academia Be Responsible, e ainda o professor universitário e consultor de empresas de gestão António Cardoso. A entrada nesta primeira conferência é gratuita, mas a inscrição é obrigatória.