O investimento municipal no programa ronda os 135 mil euros, e tem vindo a aumentar desde que foi criado em 2018
O programa Praia Protegida 2022, apresentado a 29 de Maio na Costa da Caparica, foi pensado para garantir a segurança, socorro e assistência aos banhistas e pretende obter os resultados conseguido no ano passado, em que “não ocorreram mortes por afogamento no concelho”, mesmo nas praias não vigiadas ou não concessionadas, indica a autarquia almadense.
A Praia Protegida apresentada para este ano considera também medidas para “continuar a garantir a vigilância das praias do concelho de Almada durante todos os dias do ano, procurando a protecção dos banhistas além da época balnear.
Segundo a presidente da Câmara de Almada, Inês de Medeiros, este programa municipal implica um “reforço das condições da segurança colectiva” do concelho. “Este ano, as nossas praias contam com a vigilância de nadadores-salvadores nacionais, mas também, de profissionais que aceitaram o desafio de atravessar o Oceano Atlântico para vigiarem as nossas praias”, referiu ainda a autarca.
Trata-se assim de um reforço que inclui, “não só meios humanos, como também meios técnicos”, clarificou Inês de Medeiros, destacando a colaboração das entidades que fazem parte do programa Praia Protegida e que com o mesmo colaboram, para o cumprimento de uma estratégia “estável e consistente”, que garanta condições de segurança que não sejam apenas ocasionais.
Refere a autarquia que em 2022 o investimento municipal para a Praia Protegida ronda os 135 mil euros, uma verba que tem vindo a aumentar desde a implementação do programa, em 2018. “A aposta na segurança dos que frequentam a frente Atlântica de Almada resulta da articulação do programa municipal Praia Protegida, e do programa Praia Segura, da Autoridade Marítima Nacional – Capitania do Porto de Lisboa”, indica a autarquia que acrescenta: “Em 2022, este programa de vigilância e socorro conta, novamente, com a colaboração de quatro associações de nadadores-salvadores e dois corpos de bombeiros do concelho de Almada”.
Estão assim envolvidas entidades como a Âncora – Associação de Nadadores-salvadores da Fonte da Telha; ANSFACC – Associação de Nadadores-salvadores da Frente Atlântica Costa de Caparica; Caparicamar – Associação Juvenil de Resgate e Salvamento Aquático; NSRS Atlântico – Associação Nadadores-salvadores, Resgate e Salvamento Marítimo; Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Cacilhas; Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários da Trafaria.
134 vítimas não havendo mortes a registar
Em 2021, nos 18 quilómetros de praia sob jurisdição da Capitania do Porto de Lisboa no concelho de Almada, em oito quilómetros a assistência a banhistas foi assegurada por meia centena de concessionários e os restantes dez quilómetros pelo projecto Praia Segura/SeaWatch, promovido pela Autoridade Marítima Nacional (AMN) e pelo Programa Praia Protegida, promovido pela Câmara Municipal de Almada (CMA).
A pré-época balnear ocorreu de 1 de Abril a 31 de Maio, com um total de 100 ocorrências, 134 vítimas, não havendo mortes a registar.
De 1 de Junho a 30 de Setembro, durante a época balnear, registaram-se 625 ocorrências, com um total de 232 vítimas. Neste período há a lamentar um óbito devido a paragem cardíaca.
No período pós-época balnear, de 1 a 31 de Outubro, o número de ocorrências ascendeu a 37, num total de 37 vítimas, sem registo de mortes.