28 Abril 2024, Domingo
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Incidente em Lisboa atrasa Montenegro em Almada. Mortágua afirma contas erradas da direita

Líder da AD vai processar activista do clima. Mortágua afirma estar ao lado de pensionistas e jovens

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No arranque da campanha eleitoral para as legislativas 2024, a coordenadora bloquista, Mariana Mortágua, esteve na segunda-feira em Almada numa arruada coordenada pela irmã, Joana Mortágua, cabeça-de-lista do BE pelo círculo eleitoral de Setúbal. Prometeu a pensionistas, jovens e contribuintes que o BE vai desfazer as “contas erradas e o abuso” da direita, mas também superar os bloqueios deixados pela “maioria absoluta desastrosa” do PS.

Ontem, quarta-feira, Almada esperava Luís Montenegro numa arruada junto ao Café Central, no centro da cidade, mas o líder da AD falhou o encontro por ter sido ‘atacado’, de manhã, durante a visita à Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL) por activistas do clima que lhe derramaram tinta verde em cima.

Apesar de ter cancelado a visita à cidade de Almada, Luís Montenegro manteve o almoço agendado com pescadores na Costa da Caparica e disse que vai formalizar uma queixa contra o activista que o atingiu com tinta verde à entrada da BTL, e que era “mais fácil” os activistas climáticos terem conversado sobre as questões do ambiente, porque a AD está “aberta” a essas questões.

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Sobre o episódio que foi condenado, de imediato, por todas as forças políticas, a cabeça-de-lista da AD pelo Distrito de Setúbal, Teresa Morais, lembrou que estes actos “condenáveis” são “irracionais” e têm atingido não só governantes com também museus. E acrescentou: “não vão parar a campanha eleitoral da AD”. Ao mesmo tempo, deu nota de que o programa eleitoral da coligação AD “manifesta expressamente preocupações com as alterações climáticas” e apresenta “um conjunto de políticas para defesa do ambiente”.

Entretanto, a PSP já informou que deteve o activista que atingiu com tinta verde o presidente do PSD, Luís Montenegro, e identificou outros quatro jovens.

Em comunicado, a Polícia de Segurança Pública refere que detectou um grupo de jovens com comportamentos suspeitos nas imediações Feira Internacional de Lisboa, onde está a decorrer a BTL, tendo apurado que pertenciam a uma organização ambientalista.

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Segundo a PSP, quatro dos cinco activistas do grupo foram abordados de imediato pela polícia e tinham na sua posse uma lata de tinta que foi apreendida, mas um dos jovens “não foi monitorizado em tempo, motivo pelo qual conseguiu atingir” o líder da AD com tinta verde, bem como outros membros da comitiva.

A PSP refere que o activista “foi de imediato interceptado e detido”, tendo sido apreendida a lata de tinta utilizada para cometer o ilícito criminal.

Entretanto, na segunda-feira, em Almada, Mariana Mortágua esteve no já tradicional comício na Incrível Almadense e teve na plateia o fundador do BE Francisco Louçã e, no palco, o também fundador bloquista Fernando Rosas.

A coordenadora do BE recorreu à expressão da véspera do ex-primeiro-ministro Pedro Passos Coelho de que “a coisa mais natural do mundo” seria a AD vencer as eleições para atirar às propostas da direita sobre impostos e segurança social.

“Quero dar uma garantia aos pensionistas, aos jovens, aos contribuintes: aqui está o Bloco de Esquerda, como sempre, para desfazer contas erradas, para desfazer o abuso que a direita gostaria de impor, e isso é certo como dois mais dois serem quatro”, disse, na recta final do discurso, num apelo ao voto a estes segmentos da população.

Mas não foi só à direita que a líder do BE apontou, comprometeu-se também a “superar todos os bloqueios que a maioria absoluta desastrosa do Partido Socialista deixou em Portugal”.

“Tudo aquilo que nos juntou neste partido que [ontem comemorou 25 anos] de história, de luta, de persistência, de mulheres, de homens que não desistem da promessa que Abril deixou, da promessa da nossa Constituição. Chamei a esse projecto que a Constituição nos deixou vida boa. Uma ideia radical que é, garanto-vos, a coisa mais natural do mundo”, enfatizou.

Para Mortágua, só o voto no BE pode virar a página de um passado, da maioria absoluta e “de todas as crises que se acumularam em Portugal”.

“É só o voto no Bloco de Esquerda que vai eleger deputadas e deputados que são capazes de impor o salário que paga a casa, de impor impostos justos, a escola e o hospital, a igualdade na vida”, defendeu.

Com Lusa

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