Luís Leitão, dirigente sindical, esteve presente na iniciativa e explicou algumas das queixas por parte destes trabalhadores
Os trabalhadores estafetas da Uber, Glovo, Bolt e outras plataformas de entregas ao domicílio estiveram concentrados na manhã de ontem na Praça São João Batista, em Almada, para exigir melhores condições de trabalho.
Luís Leitão, coordenador da União dos Sindicatos de Setúbal da CGTP-IN, esteve presente na iniciativa – que começou pelas 10h00 – e disse a O SETUBALENSE que os trabalhadores destas plataformas digitais vão voltar a reunir-se a 28 de Junho, no Terreiro do Paço.
“Estiveram cerca de 20 trabalhadores presentes dos estafetas, que se identificaram essencialmente com as reivindicações que avançámos. Colocaram mais alguns problemas relativamente a questões de acidentes de trabalho, que entendemos que deve ser a plataforma a ter um seguro de acidentes de trabalho para esses trabalhadores, e não ser o trabalhador a suportar qualquer acidente ou problema com veículo. Portanto, primeiro está a segurança do trabalhador e depois está, efectivamente, o veículo”.
O dirigente sindical explicou ain[1]da que os trabalhadores sublinharam a discriminação que sentem quando estão dentro dos espaços de restauração dos centros comerciais, nomeadamente no Almada Fórum, uma vez que gostariam de poder lá estar “como outro utente qualquer”.
Segundo o comunicado da União dos Sindicatos de Setúbal/CGTP-IN estes trabalhadores exigem “o aumento da taxa de recolha para 1,5€, o aumento da taxa de cancelamento para 3,5€, o pagamento mínimo de bónus de 1,35€, equipamentos de trabalho ao encargo da plataforma e a diminuição do peso dos pedidos em supermercado”.
Esta estrutura sindical diz ainda estar “solidária com a reivindicações destes trabalhadores relembrando, no entanto que estas empresas aumentam o seu nível de facturação para 30% como é exemplo disso a Glovo à custa daqueles que são a cara da empresa”, pelo que marcaram presença na concentração.
