27 Abril 2024, Sábado
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PAN não aceita abate de 250 mil sobreiros no Campo de Tiro e Plataforma Cívica tem outras contas

Inês Sousa Real fala em “desastre ambiental”, mas Plataforma BA6 Não diz serem 13 mil árvores

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A hipótese de a construção do novo aeroporto de Lisboa no Campo de Tiro de Alcochete implicar o abate de 250 mil sobreiros levou o PAN a falar em “desastre ambiental”. Enquanto isso, a Plataforma Cívica BA6 Não, veio dizer, em comunicado, que este é um número exagerado. “250 mil sobreiros ocupariam uma área que extravasa a estimada para as instalações do aeroporto”.

Depois da TVI ter noticiado que a construção do novo aeroporto poderia implicar o corte deste elevado número de sobreiros, a deputada do PAN, Inês Sousa Real, declarou aos jornalistas, na Assembleia da República, estar preocupada, e afirmou ser necessário travar um ““desastre ambiental, um ecocídio desta dimensão em Portugal”, defendendo que “é absolutamente inaceitável que se penhore desta forma um património natural como este”.

Fez ainda questão de sublinhar que o sobreiro é “um símbolo nacional, de crescimento lento, que tem uma importância ecológica absolutamente fundamental para o País”. A deputada única do Pessoas-Animais-Natureza quer que a Agência Portuguesa do Ambiente e o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas “venham dizer qual foi o parecer que deram sobre as várias soluções aeroportuárias”.

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A isto acrescentou que estas duas entidades “não podem servir para branquear este tipo de decisões”, uma vez que “têm como missão proteger a natureza”, e ainda que que o PAN, além de questionar o executivo de António Costa sobre esta matéria, vai “apresentar um projecto de resolução e recomendar ao Governo que convoque o grupo de trabalho criado pelo Ministério do Ambiente e Acção Climática para dar o seu parecer”. Tudo isto em nome de uma “avaliação ambiental séria e independente”.

Mas já adianta que a solução de Alcochete “parece absolutamente inaceitável” e defendeu o “aproveitamento de infra-estruturas já existentes, como é o caso do aeroporto de Beja”.

“É fundamental garantir que o desenvolvimento do País não é feito à conta dos sacrifícios ambientais. Sabemos que o País precisa de uma nova solução aeroportuária, mas não à custa do abate de 250 mil sobreiros”, salientou.

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Ora é este número de abate de sobreiros que a Plataforma Cívica BA6 Não, que contesta a construção do novo aeroporto no Montijo, considera não ser sustentado por estudos técnicos já elaborados, e aponta o Laboratório Nacional de Engenharia Civil em 2008 e o IDAD/Universidade de Aveiro em 2007.

“No estudo do IDAD/Universidade de Aveiro está feita a identificação das áreas e tipos de árvores existentes: 28 hectares de Eucalipto+Sobreiro, 27 hectares de Sobreiro+Pinheiro Bravo e 47 hectares de Sobreiro+Pinheiro Manso”. E observa: “Desta forma se terá de concluir que, nem toda a superfície é constituída por sobreiros e, mesmo que o fosse, não se atingiriam mais de 13 mil árvores”.

Ao mesmo tempo, lembra informação da Associação Portuguesa da Cortiça. Em Portugal, “a média de montado de sobro situa-se entre os 120 e os 150 sobreiros por hectare. Basta assim, uma pequena conta aritmética, para verificar que os 250 mil sobreiros ocupariam uma área que extravasa a estimada para as instalações do aeroporto”.

Com Lusa

João Galamba: “Decidiremos mesmo a localização do novo aeroporto”

João Galamba garante que o Governo vai mesmo decidir a localização do novo aeroporto, acabando assim com uma indecisão que já dura há meio século.

O ministro das Infra-estruturas encerrava assim os dois dias de debate parlamentar na generalidade, 30 e 31 de Outubro, do Orçamento do Estado 2024, e prometia ainda que o próximo ano será de reforço das ligações ferroviárias.

Galamba, depois de se referir às obras ferroviárias e planeamento dos investimentos portuários, avançou que o Aeroporto Humberto Delgado será alvo de melhorias e, logo a seguir, afirmava: “Decidiremos mesmo a localização do novo aeroporto”, de Lisboa.

 

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