Plenário inicialmente previsto para Maio está sem data marcada. Direcção quer “tudo tratado” antes de se apresentar aos sócios

A próxima Assembleia Geral do Vitória Futebol Clube está a ser preparada desde o início de Maio e a sua realização estava prevista ainda para este mês, mas “várias circunstâncias” obrigaram ao adiamento do plenário com os sócios, que está neste momento sem data marcada.

Neste momento a direcção do emblema setubalense está a trabalhar “numa série de questões” e a aguardar “algumas soluções” antes de avançar para a marcação definitiva da assembleia. David Leonardo, presidente da Mesa da Assembleia-Geral do Vitória FC, explica que só se justifica realizar uma assembleia para “apresentar todos os dados aos sócios” quando estiver tudo tratado.

Em declarações a O SETUBALENSE, esclarece que até poderia realizar-se uma assembleia neste momento, mas tendo em conta que “existem outros assuntos a tratar”, em vez de se estar a realizar agora uma assembleia e “daqui a muito pouco tempo fazer outra”, a direcção do emblema do Sado considera que é preferível “esperar mais um pouco”, de modo a se possa juntar” todos os assuntos” numa única Assembleia-Geral.

Sem se aprofundar muito nos assuntos que estão a ser resolvidos, David Leonardo apenas assegurou que neste momento ainda não existe nenhuma data definida para a realização da Assembleia-Geral.

Já com data marcada estão as assembleias de credores, tanto do clube como da SAD. O local eleito para estas reuniões decisivas é o Cinema Charlot, uma vez que o número de credores é demasiado grande para caber nas salas de audiências do Tribunal de Setúbal.

A primeira das duas assembleias vai ser a da SAD, estando agendada para dia 24 de Junho, às 9 horas. São mais de 200 credores, com destaque, em termos de montantes em divida, para a Parvalorem e a AT. Quanto à assembleia geral dos credores do clube, que são um pouco menos de 150, terá lugar no dia seguinte, 25 de Junho, à mesma hora.

Podem participar nestas assembleias os credores que, entretanto, reclamarem os seus créditos – o prazo para essa reclamação é de 30 dias e está a contar desde a fixação da sentença -, três representantes dos trabalhadores, assim como advogados ou outros representantes dos credores.

Estas assembleias são decisivas para o clube e a SAD uma vez que os credores vão optar por uma de três hipóteses: avançar para a liquidação (que significa a falência definitiva do Vitória); viabilizar os planos de recuperação que os responsáveis do VFC já disseram que vão apresentar (ver texto abaixo); ou aceitar alguma proposta de compra dos créditos que possa surgir.

Foi a 2 de Maio que foi declarada a insolvência, do clube e da SAD, pelo Juízo de Comércio do Tribunal de Setúbal, sendo a decisão publicada no portal CITIUS. Esta decisão judicial acontece depois de ter sido recusado, pelos credores, os Planos Especiais de Revitalização (PER), que tanto o clube como a SAD tinham apresentado, no final do ano, para substituir os que estavam em vigor.