30 Abril 2024, Terça-feira
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Perguntar não ofende!

Aproxima-se a época natalícia, grande preocupação para as autoridades sanitárias por causa da Covid19, pelas movimentações das famílias, inclusive do estrangeiro dado os milhares de migrantes vindos de todos os países europeus onde a pandemia está em crescimento. Grande preocupação dos governantes pelos problemas económicos que restrições e confinamentos provocam inevitavelmente. Grande preocupação para toda a gente pois  o Natal associa-se aos festejos habituais do “fim de ano”, época de projetos, de descontração das agruras da vida. Grande preocupação dos políticos com uma campanha eleitoral pela frente. E deixe-me mostrar também grande preocupação entre os cristãos  por estarmos num período bem crítico de mudanças radicais postas em marcha pelo Papa Francisco, e nada mais apropriado nesta época Natalícia do que pesarmos na profunda e radical mudança que é proposta  a todo o povo de Deus (leigos, presbíteros e bispos)  pelo Bispo de Roma. E é no espírito dessa preocupação que me ocorreu fazer algumas perguntas a um qualquer pároco duma qualquer paróquia da nossa Diocese, já que perguntar não ofende. Sabemos que atualmente uma paróquia é apenas uma área geográfica tendo verdadeiramente perdido o seu sentido original duma comunidade cristã que caminhava em conjunto, amigos, fraternos e ajudando-se uns aos outros. E na reforma que nos é proposta de sermos verdadeiramente um “povo de Deus” em marcha torna lícito perguntar a um qualquer pároco:

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– Saberá quantos pobres existem na sua paróquia sem meios de subsistência?

– Saberá quantos velhinhos(as) vivem sozinhos a necessitarem pelo menos uma visita de conforto? Às vezes só conversar é esse conforto.

– Saberá quantos doentes crónicos e possivelmente acamados a necessitarem de apoio espiritual ou até da comunhão?

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– Saberá afinal quem são ou quantos são os seus paroquianos, já que residir na área da paróquia não garante que vivam em Igreja?

– E na preparação da “sinodalidade” que nos é proposta, não seria útil ter respostas a estas e muitas outras questões???

É urgente que este espírito se vá entranhando no coração dos nossos cristãos para que venham a poder ter a possibilidade de viverem como Jesus nos ensinou. Neste mundo tão ameaçado por tanta anormalidade nos comportamentos (a agressividade anda à flor da pele), por tanta desigualdade, por tanta corrupção fácil, por verdadeiras ameaças de guerra, por tantos comportamentos inimagináveis com as vagas de imigrantes à procura dum lugar onde se possa viver em paz, pela fome que ameaças milhões por este mundo fora, e por verdadeiras ameaças até à habitabilidade (dentro de algumas décadas)  da nossa “mãe terra”, neste mundo é mesmo necessário ouvir e…viver como Francisco nos pede. E por isso é urgente perguntar…pois perguntar não ofende!!!

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