3 Maio 2024, Sexta-feira
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Recordar é viver: 1935 – A Comenda – Ontem e Hoje

A colónia balnear na Comenda, em 1935, dos filhos dos operários do Instituto Português do Grémio da Indústria de Conservas de Setúbal, no parque da Comenda, foi um êxito naquela época, livre para o povo. Mas hoje como é?

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Que maravilha, praia e o ribeiro da ajuda, na maré alta uma autêntica piscina e na maré baixa uma alegria a apanha de caranguejos, que depois de cozidos, ao lanche, era um petisco delicioso. Pena é que a obra no ribeiro iniciada antes do 25 de Abril não tivesse continuação até à data. A colocação de uma pequena comporta à entrada do ribeiro e, no verão, ficaria uma piscina natural de água salgada. Mas sonhar é fácil. A engenharia faz tudo, é preciso as pessoas certas, empreendedoras, nos lugares certos.

Estou a lembrar-me que na Lousã, no verão, num ribeiro fizeram uma praia fluvial. O fecho com uma pequena comporta resultou em beleza e num belíssimo cartaz turístico.

Mas voltando à colónia balnear de 1935 na Comenda, também a colónia dos filhos da CUF-Barreiro passou alguns anos em Setúbal. Que maravilha!

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Recordo-me dos meus 15, 20 anos. Estávamos acampados no vale de Armelão, próximo da colónia da CUF, terreno que foi cedido pelo conde D’Armand aos campistas durante alguns anos, onde fizemos sanitários e duches, etc. Ainda tenho na memória o acampamento nacional que era realizado todos os anos em vários locais do país e um deles foi escolhido e realizado em Setúbal, no vale de Armelão, na Comenda, que já lá vão muitos anos e recordar estes tempos da juventude é viver.

Mais tarde, com a estadia da família Kennedy no palácio da Comenda, foi encerrado ao público e os trabalhadores da Secil, que residiam na aldeia grande, e atravessavam o interior da Comenda para chegar ao trabalho, passaram a vir a Setúbal. A situação tornou-se muito difícil e complicada para os trabalhadores e os incêndios surgiram na Comenda, com a família Kennedy no palácio. Enfim, foi uma tragédia a não esquecer.

Agora os novos proprietários estão a proibir o acesso aos caminhos que o povo sempre utilizou, aos passeios pedestres, à serra de São Luís e à capela, à qual o povo tem uma grande devoção, às festas que se realizam todos os anos, salvo erro em abril, com procissão, missa ao ar livre, arraial, quermesse, baile, etc.

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E tudo isto é triste e desumano, mas os homens, os poderosos, são assim. Até quando?…

Viva Setúbal

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