Ministro das Finanças apresentou Orçamento do Estado aos militantes do PS com base em três “grandes pilares”
Reforçar e continuar foram os termos chave na visita de Fernando Medina a Setúbal, onde apresentou a Proposta de Lei do Orçamento de Estado (OE), tendo ainda jantado na cidade para “aproveitar as delícias desta terra”. O ministro das Finanças esteve na cidade do Sado, na passada quinta-feira, para ‘prestar contas’ aos setubalenses relativamente ao OE para o ano de 2024, tendo baseado a sua intervenção em três “grandes pilares”: reforço de rendimentos, reforço de investimento público e prossecução do desagravamento fiscal.
Esta foi uma sessão muito participada, onde os militantes tiveram a oportunidade de discutir um orçamento que, no entender do Partido Socialista, reforça os rendimentos das famílias e “protege” os mais vulneráveis, que “valoriza” os jovens e “garante” melhores condições para fixar as novas gerações, que “assume” a aposta no combate à crise climática e que “traz novas medidas” para combater a crise na habitação, que “aumenta” a oferta cultural, que “garante” a sustentabilidade da Segurança Social e que “reforça e qualifica” a Administração Pública.
Fernando Medina confessou aos militantes do Partido Socialista que quis “aproveitar as delícias desta terra ao jantar em Setúbal”, antes de vir ‘prestar contas’ aos setubalenses e explicar que “fazer um orçamento começa por perceber o mundo em que se vive”.
O ministro das Finanças fez questão de elogiar a “força de trabalho” dos portugueses, que resultou em “mais um milhão” de trabalhadores, reforçando ainda que se deu um “salto gigante” relativamente às qualificações das gerações mais jovens, o que é um “grande impulso” para o futuro das finanças portuguesas.
O governante referiu que o ano de 2024 é muito importante, tendo em conta a execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e do PT2030, sendo fundamental aquela que tem sido um “grande” estabilidade política, “resultado de anos de governação do Partido Socialista liderado por António Costa”, realçou Fernando Medina.
Para o ministro das Finanças, é fundamental “melhorar e aumentar o rendimento das famílias, para ajudar a recuperar as famílias que tanto perderam em 2022”, como resultado da inflação. Fernando Medina não se compromete em conseguir ajudar a recuperar todos aqueles que sofreram no ano de 2022 e 2023, mas garante que tudo fará para “recuperar o máximo de portugueses possível”, a nível financeiro.
O líder da pasta das finanças portuguesas assegurou que existirá um grande investimento na habitação, na ferrovia, nas agendas mobilizadoras das empresas que se candidataram ao PRR, em centros de Saúde e em unidades hospitalares, como é o caso do novo Hospital do Seixal.
Foram vários os temas abordados, sendo deixado de fora um que mais tem ‘alertado’ os portugueses, sendo até questionado por um dos militantes. A questão do Imposto Único de Circulação (IUC), que irá aumentar no próximo ano, não foi abordada, pelo menos na presença dos jornalistas, com Fernando Medina a remeter a questão para “outra parte do debate”.