Os cristãos “à séria” (que me desculpem iniciar esta crónica desta maneira) estão numa enorme expectativa, e não é para menos pois esperamos pelo novo bispo (D. Américo Aguiar) ao fim de uns dois anos de espera inexplicável. Todos depositamos no novo cardeal mudanças radicais na nossa Diocese onde (na nossa opinião) predomina um clero pouco “maleável” e, até, muito apegado aos velhos(íssimos) conceitos e regras que orientam a Igreja há décadas e décadas. Mesmo o Concilio Vaticano II não mostrou o “aggiornamento” para que foi convocado.
No entanto o nosso novo bispo, D.Américo, traz consigo a esperança. Conhecemo-lo pela sua acção na condução da importante Jornada Mundial da Juventude. Ouvi-o em muitas entrevistas e pelo hábito médico de “entrar” dentro das pessoas fiquei bem impressionado.
Alem disso, outro assunto assume particular relevância – o início do sínodo em que vai ser ouvido todo o “povo de Deus”, isto é, os elementos que constituem este sínodo não são só bispos, mas igualmente leigos (50%) homens e mulheres.
Espera-se que a Igreja deixe de ser conduzida só por clérigos e regida por regras de há centos de anos. Esperamos uma verdadeira revolução pois é necessário e urgente que os cristãos “á séria” comecem a reunir-se e a definir que Igreja queremos, como queremos que o nosso novo bispo se irmane nesses desejos duma Igreja nova e nos preparemos para receber os resultados da “revolução da ternura” que Francisco pede, pois há muito o mundo em que vivemos está tão doente e em risco, que é aos cristãos (e não só – claro!) que compete contribuir para a sua salvação.
E é para isso que os que se dizem cristãos – os que consideram que há um Criador, que se fez homem em Jesus e nos ensinou a viver fraternalmente. Ora há muito tempo que o ser cristão se não pode definir pela obediência a regras antigas e mantidas por um clero anquilosado. É, pois, necessário que os cristãos “á séria” acordem da sua letargia e se reúnam para intensa troca de impressões.
Em primeiro lugar, somos todos irmãos (Frateli tuti), em segundo lugar, e por isso, ou nos salvamos todos ou morremos todos – o que, como é evidente não é o destino que o nosso Deus/Amor que nos criou, tem para nós – a vida é eterna! Mas cuidado que o “Sapiens sapiens” , ao lado da sua superinteligência tem outra qualidade que mais nenhum ser vivo tem – a liberdade! A liberdade de fazer o bem ou o mal! Estamos num momento crucial, proclama Francisco e daí este sínodo de excepção! Não podemos deixar de dar o nosso contributo ao nosso novo Bispo D. Américo e ao Papa Francisco.
Atenção cristãos! Acabou a passividade, surge a exigência de reflectir e actuar!
