26 Junho 2024, Quarta-feira

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O novo bispo de Setúbal. Finalmente!

O novo bispo de Setúbal. Finalmente!

O novo bispo de Setúbal. Finalmente!

, Médico
27 Setembro 2023, Quarta-feira
Mário Moura - Médico|

Depois de muitos meses de espera, para a maioria das pessoas interessadas nos problemas da nossa Igreja sem uma justificação lógica, surge finalmente a notícia da nomeação de D. Américo Aguiar para bispo da Diocese de Setúbal. Poderemos dizer que “já não era sem tempo”!

Ouvimos muitas vezes entrevistas com o nosso novo bispo durante o longo tempo de preparação da Jornada Mundial da Juventude e colhemos dele uma boa impressão, pois as entrevistas foram frequentes. Era um homem firme nas suas opiniões, claro nas suas explicações, profundo conhecedor da sua missão e da responsabilidade que do seu êxito decorria.

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Por essa opinião que firmei não posso deixar de manifestar a minha satisfação pela escolha de Roma.  Todos (os que se dizem cristãos) esperam um bispo que siga no mesmo caminho do nosso Papa Francisco (o que parece ser certo pois o nomeou, igualmente, cardeal!), que seja eficiente na absolutamente necessária mudança que a nossa Igreja necessita para que saia dum anquilosamento ditado há séculos.

O nosso Papa Francisco há muito nos fala da necessidade duma verdadeira revolução, a que Ele chama “da ternura”. Além de estarmos na grande caminhada da sinodalidade a caminho dum concilio preparado com todo o cuidado e com imensas novidades no classicismo habitual. Francisco vai, neste concilio, ouvir o “povo de Deus” – assim aconteceu na preparação nas dioceses de todo o mundo e pela primeira vez vamos ter leigos (homens e mulheres) nessa reunião magna da nossa Igreja.

Ouvimos já a primeira apresentação do nosso novo bispo falando-nos das coincidências da sua caminhada eclesial com o nosso querido Manuel Martins – o nosso primeiro bispo. Que tanta saudade nos deixou e que por coincidência faz hoje (neste dia em que escrevo esta crónica) anos do seu desaparecimento desta vida terrena.

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O problema está no clero da nossa Diocese, um clero pouco organizado, com tendências muito conservadoras, com litigâncias fáceis aqui e ali, um clero sobre o qual o nosso padre Lobato, mesmo com a sua autoridade de vigário-geral não conseguiu que se vivesse em harmonia verdadeiramente cristã.

O nosso novo bispo, de personalidade vincada e manifestando o seu carinho pelo Papa Francisco, vai entrar (que me desculpem a comparação!) num vespeiro – espera-o, e esperamos muitos de nós, que consiga um ambiente saudável que não afugente os que creem no Deus/Amor e que consiga que “os homens do poder nos convençam de que não estão interessados em servir-se, mas em servir o povo”, usando palavras de Manuel Martins.

É evidente que as dificuldades de mudança da nossa Igreja, em geral, notam-se em muitos países com cardeais a assumirem publicamente as suas discordâncias com Francisco e oposição também conhecida no próprio Vaticano. Uma nova Igreja, moderna, adaptada ao seculo em que vivemos e com os abusos e agressões à “Mãe Natureza”, é uma tarefa que só pode ter o nome de revolução e é essa resistência ou inercia que espera o nosso novo Bispo aqui nesta Diocese. Vai ser necessária muita força do “Espirito Santo”!

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Seja bem vindo Sr. D. Américo Aguiar!

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