Um autor, padre e paleontólogo de grande fama, foi responsável pela Igreja ter acabado por aceitar a teoria evolucionista, pondo de lado o criacionismo com na história de Adão e Eva e da maçã.
O jesuíta reservava ainda uma intervenção para o Criador – o ponto crítico da vida (na tal sopa da vida onde apareceram os primeiros seres vivos, ponto de partida da evolução). E o ponto crítico da inteligência quando a evolução chegou ao fim de milhões de anos ao “homo-sapiens” – o homem era o único ser que sabia que sabia!
Mas o cientista jesuíta reservava para o Deus um terceiro ponto crítico que ainda se não consumou – o ponto crítico da sociabilização. E citava o nazismo, a URSS, como tentativas frustradas na evolução. Continuando no pensamento Teilhardiano, vamos vendo toda a evolução dos povos com mudanças importantes nessa evolução: a Revolução Francesa, que acaba com os senhores feudais, as revoluções liberais, as várias formas de democracia, em que aliás vive hoje uma boa parte dos povos.
A revolução estudantil (e não só) de Maio de 68 era um esboço de mudança pouco esclarecida que era proclamada pela frase “a imaginação ao poder”. Em nenhum país a Democracia é igual. E entre nós? Podemos perguntar! Teremos uma verdadeira democracia quando alguém, bom condutor de gentes, domina os grupos locais e indica os candidatos ao poder distrital que, por sua vez “aconselha” (?) quem deve ocupar os lugares de topo?
Não ficarão todos com a obrigação íntima de satisfazer os pedidos de quem os “promoveu”? Ficamos com esta sensação ao assistir aos debates da Assembleia onde se não ouve tratar dos assuntos importantes para o povo (a verdadeira base beneficiária da democracia). Ouvimos um dia inteiro discutindo “quem falou com quem” ou se falou às 9 horas e cinco ou às nove e sete. Para não falar dos “jeitos”, dos favores ou mesmo das alterações conscientes de documentos para fazer um favor a A ou B, ficando pelo caminho alguma “lembrançazinha”.
E temos de duplicar a Polícia Judiciária, tantas são as diárias “vistorias” a domicílios, a empresas, a advogados, e eu sei lá a quem mais. Há gente com muito dinheiro, há bancos a ganhar fortunas e há os autores dos tais “favorzitos” à espera duma Justiça que leva anos a concluir algo e a condenar quem prevaricou.
E, no entanto, perante toda esta situação, um terço dos reformados sobrevive com pouco mais de 300 euros e um terço das famílias (casais) sobrevivem, igualmente, com cerca de 400 euros. Para não falar que um casal de licenciados se vê impossibilitado de ter casa própria e até de pensar em ter filhos por não ter orçamento para isso.
E com processos na justiça temos ministros, presidentes de câmaras (pessoal especializado dos serviços de urbanismo) e até juízes. Esta partidocracia dá mesmo origem a verdadeiras trocas entre partidos pois os “favores” assim são mais disfarçados. E assim se está a perder tanto dinheiro da UE a que alguém chama “a bazuca”. E muito disto fica a coberto de regras como a obediência de voto ou a coesão partidária. É evidente que o problema não é só nosso, pois esse espírito de obediência é controlado por interesses financeiros internacionais colocados à frente das necessidades do povo – a base da Democracia.
Assim nem o Criador consegue o ponto crítico da sociabilização que se assemelhe ao Reino dos Ceus .