Segunda fase da empreitada representa investimento de 4M€ e tem prazo de execução de 480 dias
O terreno do Forte de São Filipe começou a ser preparado para a realização de ensaios prévios, a serem executados com o objectivo de verificar se o projecto da segunda fase da obra de reforço da encosta “é exequível tal como foi elaborado, de acordo com as previsões, ou se é necessário proceder a alguma adaptação do mesmo”.
Em comunicado, a Câmara de Setúbal explica que tudo vai depender “das condições geológicas encontradas”, sendo que a intervenção a realizar nesta segunda fase, com um prazo de execução máximo de 480 dias, representa “um investimento de mais de quatro milhões de euros” e “destina-se a salvaguardar e valorizar aquele monumento nacional”.
Para tal vão ser aplicadas “soluções que garantam a segurança e estabilidade global do local, incluindo a colocação de microestacas e a realização de ancoragens definitivas”. Além disso, “em alguns locais terá ainda de ser feita a injecção de caldas e argamassas de cimento no terreno, com o objectivo de preencher vazios existentes e consolidar o solo”.
A empreitada de reforço da encosta do Forte de São Filipe “é financiada em 75% pelo Programa Operacional da Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (POSEUR) e comparticipada em 25% pelo Estado, nos termos de um protocolo firmado entre o município, o Estado Português, a Empresa Nacional de Turismo (ENATUR) e o Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC)”.
No passado mês de Janeiro, “após a instalação do estaleiro e a mobilização de mão-de-obra, materiais e equipamentos, procedeu-se à desmatação do local e posteriormente foram aprovados os procedimentos de execução, os quais careciam do parecer de várias entidades, incluindo o projectista e o LNEC.
Já a primeira fase da obra de reforço estrutural da encosta do Forte de São Filipe foi executada em 2018, tendo sido “implementadas soluções para evitar o risco de derrocadas e um conjunto de medidas cautelares relacionadas com a ocupação ou potencial interferência com certas áreas marginais e destinadas à instalação de estaleiros, zonas de manobra, depósito de terras e exploração de pedreira”.
De acordo com a edilidade sadina, “em face do estado do Forte, da geologia do local, dos resultados obtidos ao longo dos anos nos dispositivos de instrumentação e observação instalados e dos condicionamentos existentes na zona de intervenção, foi determinada a necessidade de dar continuidade a soluções que estabilizem a encosta”.
