23 Julho 2024, Terça-feira

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Os refugiados…

Os refugiados…

Os refugiados…

, Médico
1 Março 2023, Quarta-feira
Mário Moura - Médico|

Mais uma vez os canais da televisão nos deram cenas impressionantes de dezenas de cadáveres a darem à costa na Itália, dum barco que se desfez cheio de imigrantes saídos do norte de África. Duas ou três centenas, incluindo crianças.

Há vários anos que o Mediterrânio é um verdadeiro cemitério, ninguém fez essa contabilidade, mas são já muitos milhares de pessoas afogadas na sua fuga à procura dum lugar sem guerras ou onde existam condições mínimas para se viver (casa, água, comida e trabalho).

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E para tentarem esta procura, pagam o que têm e o que não têm, pois são alvo de organizações de tráfico humano. A Itália diz que não pode dar guarida a tanta gente e a Grécia tem a ilha de Lesbos “atulhada” de migrantes a viverem em condições degradantes.

Toda esta gente foge de nações do centro de África, países com riquezas minerais variadas exploradas, em geral, por grupos organizados e armados que trabalham por conta de gente dos países chamados ricos, onde ninguém ouve os gritos destes explorados e escravizados!

Fez um ano que milhares de ucranianas (mulheres e crianças) fugiram dessa guerra que dura há um ano e que toda a gente teme que se torne global e, perigosamente, atómica! Mas essa corrente migratória foi bem recebida e ajudada porque os países europeus e a América do Norte alimentam essa guerra contra o Sr. Putin “imperador”das Rússias.

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Há mais de uma década que milhares de famílias dos países da América do Sul caminham quilómetros a caminho do “El-Dourado” dos USA. O último Presidente (Trump) mandou construir um muro de quilómetros para não os deixar entrar e dos muitos que mesmo assim entravam eram presos e as famílias desfeitas.

E não podemos fazer grandes críticas pois até em Portugal temos em mãos o problema de centenas de imigrantes trazidos clandestinamente por traficantes para trabalharem na nossa agricultura sendo tratados também sem respeito pela dignidade humana.

Parece que se está fazendo um esforço para resolver essa infâmia. Vejamos!

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E não é só no Mediterrânio que se morre afogado nessa procura dum lugar para viver pois no Canal da Mancha também se morre afogado por recusa dos Ingleses e dos franceses. E a maioria dos países ricos necessitam de mão-de-obra – aqui entre nós com o problema da baixa natalidade e do aumento da probabilidade de vida, também necessitamos de mão-de-obra.

Por aqui é um problemazinho mas no caso das vagas de fugitivos dos países africanos será que não veem que o problema exige políticas de ajuda financeira e técnica? Para esses países onde se morre de sede e fome e onde impera uma espécie de pirataria para abastecer de pedras e metais preciosos os países ricos. Ninguém ouve nem vê?

O Papa foi ao Congo e ao Sudão precisamente para dar visibilidade à situação, mas não foi suficiente! Presentemente os “media” não largam a guerra da Ucrânia e os problemas dos equilíbrios geoestratégicos e dos negócios e movimento de capitais. 

A ONU, com um Conselho de Segurança onde ainda há direito de veto, nada se pode fazer! Será que o valor da vida humana, a sua dignidade, o seu direito a uma vida com capacidade para comer, ter teto e ter direito a educação, deixou de ser uma prioridade, um valor e um direito de todo o ser humano?

É preciso que a guerra não faça esquecer este problema dos atentados à dignidade do homem que nos põe todos num verdadeiro inferno sem paz nem amor.

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